Macau, 10 de março de 2013

Por Isabel Shi

Por fim estou em Macau. Mas não foi fácil. Demorámos duas horas a passar a fronteira de Zhuhai e quando cheguei ao outro lado, a cerimônia de abertura do Festival Literário estava mesmo a começar. Em vez de um sentimento alegre de regressar à cidade, onde vivi por um ano em 2010, senti-me nervosa e inquieta, com receio de perder o evento. Deixei as malas no quarto e fui às pressas para o Centro de Ciência de Macau. Graças a Deus estavam a apresentar os convidados quando eu cheguei. Relaxei, preparei-me para o trabalho, para as entrevistas e fotografias.

Fiquei muito impressionada com o primeiro painel do festival, sobre as influências da globalização. Foram momentos de conversa espontânea e informal, em particular o discurso do escritor chinês Bi Feiyu. Ao responder sobre qual seria a maior característica da literatura chinesa, o escritor respondeu: a língua chinesa. Eu nunca tinha pensado nisso, nunca tinha parado para pensar na riqueza de uma língua. A língua chinesa, sem dúvida, deveria ser vista como um símbolo importante da China.

Neste sentido, temos de aprender com o mundo que fala português, seja Portugal ou o Brasil seja Angola ou Moçambique, que dão enorme atenção ao estudo e preservação da língua. São povos que têm um orgulho profundo na própria língua.

Aspeto negativo deste primeiro dia: havia poucas pessoas na audiência, mesmo sendo as atividades abertas ao público. Eepero que nos próximos dias possa encontrar mais pessoas nas feiras, debates e exposições e que todos mergulhemos na Rota das Letras.

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