A Comissão Européia disse ontem (11) que a Ucrânia já concordou em assinar o acordo de supervisão de gás natural sem qualquer alteração.
Segundo o porta-voz da Comissão, para erradicar as preocupações da Rússia, o presidente da organização, José Manuel Barroso, convenceu a primeira-ministra ucraniana, Yulia Tymoshenko, a assinar novamente o acordo que não envolve a declaração da Ucrânia.
A Comissão Européia afirmou em outra declaração, publicada no mesmo dia, que os observadores da UE estão nos seus postos e começaram a supervisão do transporte de gás natural. E que a Rússia e a Ucrânia não têm mais motivo para adiar a retomada do fornecimento de gás.
Mesmo com a assinatura de um protocolo que prevê a criação de um órgão para supervisionar o trânsito de gás natural por território ucraniano, a Rússia anunciou ontem (11) que, por enquanto, não vai aplicar o protocolo. O presidente Dmitry Medvedev, disse que a atitude da Ucrânia violou o protocolo e ele já ordenou a suspensão temporária da aplicação do documento, até a solução das divergências.
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, também afirmou, no mesmo dia, em conversa telefônica com José Manuel Barroso, que o conteúdo alterado no protocolo assinado pela Ucrânia é "inaceitável" para o país. Putin ainda disse à imprensa alemã que o corte do trânsito de gás natural por território ucraniano à Europa já causou perda de US$800 milhões para a Gazprom.
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