A China expressou a sua insatisfação e oposição ao prêmio que a União Européia (UE) concedeu a um criminoso chinês.
"Expressamos uma grande insatisfação e uma enérgica oposição (ao prêmio)", disse esta quinta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Qin Gang, em uma declaração por escrito.
O Parlamento Europeu, órgão de supervisão e consulta da UE, anunciou no mesmo dia que concederia a Hu Jia o Prêmio Sakharov.
Em 3 de abril, Hu foi condenado em um Tribunal Popular Intermédio de Beijing a pena de prisão de três anos e meio e a privação de direitos políticos durante um ano.
O veredicto disse que Hu, um desempregado de 34 anos e portador de diploma universitário, difamou os sistemas político e social da China e instigou a subversão do Estado, que é um crime de acordo com a lei chinesa.
"Hu é um criminoso declarado culpado por tentar subverter o Estado e que agora está na prisão", disse Qin, acrescentando que o prêmio dado a Hu, sob disfarce da "proteção dos direitos humanos", inventa fatos e confunde a verdade, o que expõe completamente a intenção política de intervir nos assuntos internos da China e de violar a soberania judicial do país.
"O fato já demonstrou e continuará demonstrando que esse tipo de ação não pode mudar o desenvolvimento social da China, nem enganar os europeus", declarou o porta-voz da diplomacia chinesa.
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