Zhou, 53 anos, morador do distrito de Zhenping, Shaanxi, declarou ter tirado fotos de um tigre do sul da China, em perigo de extinção, com uma câmara digital na tarde do dia 3 de outubro do ano passado. Porém, as fotos têm suspeita de fraude e Zhou foi detido.

A polícia confiscou uma antiga pintura de tigre, que Zhou teria utilizado para produzir suas fotos.

Treze funcionários relacionados ao escândalo, incluindo Zhu Julong e Sun Chengqian, subdiretores do Departamento Provincial de Recursos Florestais, Wang Wanyun, funcionário encarregado da perservação da fauna, e Guan Ke, funcionário de imprensa, foram demitidos.

Li Qian, funcionário da estação de preservação da fauna do distrito de Zhenping, também foi destituído, porque não fez pesquisa de campo para verificar a autenticidade antes de emitir um documento de verificação para as fotos.

As imagens, publicadas em 12 de outubro, haviam sido usadas pelo Departamento Provincial de Recursos Florestais como evidências da existência do tigre do sul da China em seu habitat natural, em uma entrevista coletiva realizada antes. O departamento havia outorgado a Zhou um prêmio de 20 mil yuans (US$ 2.915) pelas fotos.

No entanto, os internautas acusaram o agricultor de criar as fotos com software digital e as autoridades locais de aproveitar o evento para promover o turismo.

O Departamento Provincial de Recursos Florestais ofereceu desculpas, em uma carta dirigida à população, em fevereiro deste ano, por publicar de maneira precipitada o "descobrimento" do tigre do sul da China, sem comentar sobre a autenticidade das fotos.

Acredita-se que o tigre do sul da China, conhecido também como "Amoy" ou "tigre de Xiamen", foi extinto por causa da redução de seu habitat. O Fundo Mundial de Fauna (WWF, sigla em inglês) acredita que este é o antepassado de todas as espécies de tigres do mundo.