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(GMT+08:00) 2006-03-15 10:08:43    
Chanceler chinês dá entrevista à imprensa(3)

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Reuter(Grã-Bretanha): O presidente Hu Jintao visitará os Estados Unidos em breve. Faça favor de comentar as relações entre a China e os Estados Unidos. Agora em Washington, algumas pessoas inclusive algumas pessoas do Departamento de Defesa dos Estados Unidos disseram que a China é o principal rival latente dos Estados Unidos. Como o senhor vê o desenvolvimento futuro da China. Dez ou vinte anos depois, como serão as relações entre a China e os Estados Unidos? E como serão se não as tratam bem?

Li: O povo chinês segue firmemente o caminho de desenvolvimento pacífico e a China é sempre uma força que salvaguarda a paz e promove o desenvolvimento comum. O desenvolvimento da China não constitui nenhuma ameaça a nenhum país, ao contrário, o seu desenvolvimento cria cada vez mais chances para o desenvolvimento de outros países do mundo. Como por exemplo, o comércio entre a China e os Estados Unidos chegou no ano passado a US$211,6 bilhões, com um aumento de 24,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A cooperação econômica e comercial vem beneficiando ambos os povos. A China se tem transformado no mercado com o crescimento mais rápido para as exportações dos Estados Unidos. Algumas pessoas calculam que o comércio bilateral criou de 4 milhões a 8 milhões de postos de trabalho aos Estados Unidos. Os produtos chineses de boa qualidade e de preço baixo beneficiam os consumidores americanos e contribuem para a redução da sua pressão de inflação. Você deve saber, as árvores do Natal que muitas famílias americanas usam na festa são fabricadas pela China, o que favorece a proteção do meio ambiente nos Estados Unidos. A China é ainda o maior importador de soja e algodão dos Estados Unidos. Em 2004, a China importou 10,2 milhões de toneladas de soja dos Estados Unidos, volume ocupando 43% da exportação de soja desse país; importou 1,06 milhão de toneladas de algodão dos Estados Unidos, cifra esta representando mais que o dobro das importações em igual período do ano anterior. No ano passado, a China comprou ainda dos Estados Unidos 70 aviões Boeing.

De fato, amigos americanos tem suas queixas, dizendo que o déficit comercial com a China é grande demais. No entanto, os motivos do déficit são complexos, como por exemplo, além de seus aviões Boeing, os Estados Unidos só querem vender a soja e o algodão que acabei de dizer, e mais vinho tinta da Califórnia e laranjas da Florida, enquanto se recusam a vender-nos produtos de maior valor agregado, dado que os consideram como produtos de alta tecnologia ou produtos militares de uso civil. Na realidade, é difícil explicar o que significa o uso militar e o que significa o uso civil. Como por exemplo, esta xícara, eu e o delegado diretor Jiang Enzhu usamo-na, ela é do uso civil, e se um militar usa-a, ela é do uso militar. Seria possível definir claramente? Por isso não devem politizar um problema qualquer, mas devem atuar segundo as normas da Organização Mundial do Comércio. A China não procura o superávit comercial e estamos dispostos a tomar medidas positivas para resolver gradualmente o problema do desequilíbrio comercial.

Amigos americanos se queixam ainda da insuficiência da China na proteção dos direitos de propriedade intelectual. Na realidade, somos também vítimas do problema. A China dá especial atenção à proteção dos direitos intelectuais, este deve ser um ponto comum para o intercâmbio e a cooperação entre a China e os Estados Unidos. A China tem tomado medidas nos terrenos legislativo, judicial, legal e educativo para reforçar a proteção dos direitos de propriedade intelectual. Em 2005, as autoridades de administração industrial e comercial da China trataram mais de 39.000 casos de infrações de marcas comerciais, e os tribunais chineses convocaram mais de 3.500 audiências a respeito.

Esperamos que os Estados Unidos tratem seriamente as preocupações da parte chinesa, relaxem suas retrições para a exportação tecnológica à China, oponham-se aos projetos de resolução que influenciem a cooperação comercial normal e impulsionem o desenvolvimento sadio das relações econômicas e comerciais entre os dois países.

O que nos fez sentir satisfação e estímulo é que o presidente Hu Jintao e o presidente George W. Bush chegaram no ano passado a importantes consensos para impulsionar a cooperação construtiva entre os dois países no século 21. A China e os Estados Unidos mantiveram a coordenação e cooperação frutíferas nas áreas da economia, comércio, combate ao terrorismo, prevenção da proliferação nuclear, bem como na questão nuclear da península coreana, na questão nuclear do Irã, na reforma da ONU e no combate à gripe aviaria. Isso favorece ambas as partes e a paz, estabilidade e desenvolvimento regionais e mundiais.

Você perguntou como serão as relações entre a China e os Estados Unidos dez até vinte anos depois. Acho que os dois países têm amplos interesses comuns. Desde que se esforçam conjuntamente e atuam de acordo com os três comunicados conjuntos, as relações de amizade e cooperação sino-americanas, dez ou vinte anos depois, serão mais frutíferas.

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