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(GMT+08:00) 2004-01-07 16:43:06    
Indústria cinematográfica chinesa registra profundas mudanças

cri

A profunda reforma do sistema de distribuição cinematográfica chinês demonstra a determinação dos departamentos governamentais pertinentes de introduzir mais mecanismos de mercado no setor.

Em apenas uma semana, o filme Herói, dirigido por Zhang Yimou, arrecadou mais de 100 milhões de yuans em bilheteria em todo o território continental da China, o que significa um quarto do total de bilheteria no país durante o ano passado. Quando concluiu sua temporada em cartaz, o filme havia gerado mais de 243 milhões de yuans em vendas e havia aspirado ao Oscar de melhor filme estrangeiro na 75a. cerimônia da academia cinematográfica dos Estados Unidos da América.

"Herói" marcou um momento crucial para a indústria da sétima arte chinesa, demonstrando que os estúdios cinematográficos, em colaboração com distribuidoras privadas que prestam a devida atenção a publicidade e outras operações, podem tem tanto êxito como os filmes de Hollywood.

Segundo as novas regulações que o Escritório de Administração Cinematográfico da China está colocando em teste para a distribuição de filmes domésticos, seis empresas privadas obtiveram licenças para operar, rompendo o estrito monopólio que as empresas estatais mantinham sobre o setor.

Na visão dos especialistas, este é um passo importante para a reforma da indústria cinematográfica, a raiz da qual foi a colocação em vigor do sistema de cadeias de cinemas no mês de Junho passado, outorgado pela Administração Estatal de Rádio, Cinema e Televisão (AERCT). A decisão busca ampliar os canais de distribuição de filmes, acelerar continuamente a reforma e estimular a distribuição de produções domésticas.

Anteriormente, as companhias privadas eram apenas agentes para a distribuição. Depois de 1998, a AERCT estabeleceu políticas estipulando que o possuidor do direito autoral de um filme pode confiar a qualquer entidade ou indivíduo a tarefa de distribuir dado filme, na qualidade de agente. Desta maneira, algumas companhias privadas, atuando como delegadas dos estúdios cinematográficos, cooperaram com as companhias estatais na distribuição, obtendo experiência no mercado doméstico.

Quanto a isso, Yu Dong, diretor geral da Cia. Ltda. de Intercâmbio Cultural Bona, de Beijing disse: "Agora que obtive uma licença de distribuição, sinto que sou um verdadeiro distribuidor autorizado". Por sua vez, Li Hongying, subdiretor geral da Companhia de Comunicações Culturais para a TV Estúdios Cinematográficos Emei afirmou: "É muito importante nos incorporarmos a este mercado, ainda que seja difícil calcular possíveis benefícios de ser distribuidor. Como distribuidores, nosso espaço para comercialização obviamente ampliou-se em comparação com o passado",.

O diretor da Administração Estatal de Rádio, Cinema e Televisão Mao Yu, salientou: "A distribuição exitosa de Herói demonstra que a formulação e a prática do programa de comercialização são tarefas imprescindíveis para uma companhia cinematográfica profissional", "A mesma ajuda os produtores a impulsionar a publicidade e as vendas de seus filmes, o que implica uma virada nas prévias práticas da China de basear suas vendas na produção".

Portanto, Li Guoxin, subgerente geral da Companhia de Desenvolvimento da Cadeia Cinematográfica Global Século de Beijing disse: "A distribuição de filmes na China deve responder às necessidades de diversos públicos em diversas regiões". Os produtores e estúdios somente devem tomar em conta a qualidade dos filmes, uma vez que as distribuidoras profissionais concentram-se no aproveitamento do mercado, de forma que os produtores possam fazer filmes a partir do recomendado pelo planejamento de vendas.

A Companhia Produtora Cinematográfica Palma de Ouro, de Shanghai, espera dar saída a cinco filmes este ano, mas o diretor geral Li Zhuan estimou: "Para nós, em primeiro lugar está a distribuição, e a produção vem em segundo lugar. Começaremos a filmar somente depois de obter uma certa demanda".

O gerente geral Yu Dong da Companhia de Intercâmbio Cultural Bona de Beijing espera que sua companhia se converta em uma distribuidora de escala, sensível às necessidades dos produtores, dos investidores e dos cinemas.

Depois de quebrar o monopólio da distribuição, as companhias e os produtores em todas as províncias e cidades também gozam de direitos de distribuição, aparte das empresas privadas. Estima-se que tudo isto conduzirá a uma competição acirrada pelos cartazes no país.

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