O ouvinte brasileiro Alberto Hindeburgo Fetter, do Estado do Rio Grande do Sul do Brasil queria saber qual é a religião predominante na China.
A China é um país multireligioso. As principais religiões neste país são o budismo, taoísmo, islamismo, catolicismo e protestantismo. Portanto, podemos dizer que a religião predominlante na China é budismo. E a segunda maior religião é taoísmo, que é nativa da China.
O Budismo possui uma longa história na China. Foi introduzido à China por volta do século I d. C, proveniente da Índia. Devido à veneração e promoção do imperador, se difundiu amplamente entre a população após o século IV, tornando-se gradualmente a maior religião da China. O budismo chinês se divide em três facções segundo a língua usada pelos crentes, nomeadamente o budismo dos Han, o budismo tibetano, também é chamado de Lamísmo e o budismo do sul professado pela população que usa a língua pali.
O budismo tibetano se propaga principalmente no Tibet, na Mongólia Interior e na província de Qinghai. Geralmente, os Tibetanos, Mongóis, Manchús, Yugures, Moinbas, Luobas e Tus, num total de 7 milhões de habitantes, professam o budismo tibetano. O budismo do sul, com cerca de um milhão de crentes, tem mais influências na província sulista da China do Yunnan. A maioria dos budistas chineses pertence à etnia Han, e se espalham em todo o país.
O número de budistas na China é consideravelmente grande em relação ao número de crentes de outras religões. Segundo as estatísticas, a China tem 100 milhões de budistas registrados, cifra que está em ascensão anual.
Os budistas divulgam a cultura e auxiliam pobres. Além disso, desempenham um grande papel no intercâmbio da China com os estrangeiros. Nos últimos anos, as sáriras (relíquias) foram expostas na Tailândia, Birmânia e Sri-Lanka; grupos religiosos chineses visitaram, a convite, a Europa e a América do Norte, conhecendo as religiões locais e aprofundando o conhecimento de seus habitantes sobre a religião chinesa.
O taoísmo, religião nativa da China, surgiu no século II e tem culto à Natureza e aos ancestrais. Existiam numerosas escolas taoístas, porém, evoluiram-se gradualmente para duas escolas principais, a Quanzhen e a Zhengyi. O taoísmo não exige a realização de rituais nem tem as rigorosas estipulações para a admissão de crentes. Atualmente, a China possui 1.500 templos taoístas e 25 mil monges.
Lao Zi, pensador do período da Primavera e Outono é fundador do taoísmo. Dizem que ele tem o sobrenome Li e seu próprio nome é Er, aliás, Dan, por isso, é chamado também de Lao Dan. Foi funcionário encarregado da administração de livros na dinastia Zhou e depois, abandonou o cargo para viver em retiro. O mais importante livro filosófico de Lao Zi foi o seu Dao De Jing (Tao Te Ching, Livro do Caminho Perfeito). Taoísmo junto com confucionismo são duas importantes origens da cultura chinesa, cujos fundadores Confúcio e Lao Zi são naturais da região norte da China e as doutrinas por eles criadas exerceram influências sobre a cultura chinesa durante mais de dois mil anos e têm certo significado prático até hoje em dia.
Segundo a Constituição, os cidadãos chineses têm a liberdade de escolher e expressar suas crenças religiosas. Todas as religiões gozam da igualdade e convivem de forma harmônica. Além de budistas, os taoístas, islâmicos católicos e protestantes participam ativamente na construção do país, contribuindo junto com as pessoas que não têm crenças religiosas para o desenvolvimento chinês.
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