O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Qin Gang, pediu recentemente à comunidade internacional que reconheça os aspectos reais da camarilha secessionista do Dalai Lama através dos últimos distúrbios em Lhasa e em outras áreas étnicas tibetanas.
Os distúrbios em Lhasa e outras áreas foram crimes violentos organizados e planejados pela camarilha do Dalai, disse Qin Gang em uma entrevista coletiva realizada em Beijing.
"Esperamos que a comunidade internacional possa ver os aspectos reais da camarilha secessionista do Dalai Lama e faça uma clara distinção entre o correto e o incorreto".
"Também esperamos que os países correspondentes não dêem apoio de nenhuma forma às atividades secessionistas da camarilha do Dalai", disse o porta-voz.
Indicou que os distúrbios tiveram por objetivo prejudicar a soberania e a integridade territorial da China, interromper a estabilidade social e pôr em perigo a vida e as propriedades das pessoas locais.
Na violência ocorrida em 14 de março em Lhasa, capital da Região Autônoma do Tibet, os desordeiros machucaram 623 pessoas, incluindo 241 policiais e agentes armados, e mataram 18 outros. Também incendiaram mais de 300 lugares, principalmente casas, lojas e escolas, e destruíram veículos e danificaram instalações públicas.
Mais de 100 países expressaram apoio ao governo da China por seu tratamento dos distúrbios de acordo com a lei, condenaram a violência e admitiram que o Tibet é parte da China, segundo o Ministério das Relações Exteriores da China.
Sobre o pedido feito por alguns países para o diálogo entre o governo da China e o Dalai Lama, Qin disse que a porta sempre está aberta para esse diálogo se o Dalai Lama realmente abandonar sua posição secessionista e suspender, completamente, as atividades voltadas a este fim.
"Temos que não só escutar o que ele diz, mas também ver o que faz", acrescentou Qin.
Ao se referir ao fato de alguns países terem convidado o Dalai Lama para uma visita, Qin disse que o Dalai Lama não é uma pessoa puramente religiosa, mas também um político exilado que vem se envolvendo, desde há muito tempo, em atividades para dividir a China e prejudicar a unidade nacional.
A China espera que os países correspondentes conheçam os verdadeiros aspectos do Dalai Lama e não apóiem suas atividades secessionistas", acrescentou.
Sobre os ataques violentos feitos pelos grupos da "independência do Tibet" contra as missões diplomáticas da China em alguns países, Qin indicou que seu país apresentou protestos sérios diante das nações envolvidas e pediu que estas protejam a segurança e a dignidade das missões diplomáticas chinesas de acordo com o Convênio de Viena sobre Relações Diplomáticas e o Convênio de Viena sobre Relações Consulares.
Os países envolvidos expressaram pesar, pediram desculpas pelos ataques e prometeram fortalecer a proteção das missões diplomáticas chinesas e seu pessoal.
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