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Brasil e China fortalecem cooperações em exploração espacial
2007-09-13 11:09:46    cri

Brasil e China lançarão o terceiro satélite produzido em conjunto, o CBRES-2B, entre 18 e 21 de setembro, na Base de Lançamento de Satélites de Taiyuan, capital da província chinesa de Shanxi, cerca de 750 quilômetros de Beijing. A data final só depende das condições meteorológicas.

O equipamento é o terceiro da série do projeto de sensoriamente remoto sino-brasil eiro e fornece imagens da Terra aplicáveis a áreas como agricultura, hidrografia, educação e ambiente. Todo o banco de imagens está disponível de graça na internet a empresas, órgãos governamentais, universidades e escolas, que só precisam se cadastrar para acessar o material.

A novidade do CBRES-2B é a instalação de uma câmera mais potente, a Câmera Pancromática de Alta Resolução (HRC), que será capaz de fornecer imagens mais detalhadas de áreas menores e que serão úteis especialmente para estudos sobre zonas urbanas, explica o coordenador do programa CBRES no Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), Ricardo Cartaxo, em entrevista telefônica exclusiva à Xinhua.

Este equipamento captará imagens de um mesmo ponto na Terra a cada 130 dias, tempo cinco vezes maior do que a antiga CCD, cujo intervalo de revisita era de 26 dias.

- O ganho é em detalhes mais finos - explica Cartaxo.

O CBRES-2B foi desenvolvido numa parceria do Inpe com a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast, na sigla em inglês) e custou US$ 15 milhões. O valor está bem abaixo dos US$ 300 milhões investidos nos projetos do CBERS-1 e CBERS-2 - que tiveram 70% de aporte do governo chinês e 30% do governo brasil eiro.

- Utilizamos muito material já pronto, que seria usado como sobressalente nos satélites anteriores, se houvesse necessidade - explica Cartaxo.

Com uma vida útil estimada em dois anos, o satélite substituirá o CBRES-2, que não resistiria até o lançamento do próximo modelo sino-brasil eiro, o CBRES-3, previsto para 2009 e que será financiado 50% pelo Brasil e 50% pela China. A parceria firmada em 1988 ainda prevê o lançamento do CBRES-4, em 2012.

Tecnologia de ponta

O desenvolvimento de tecnologia espacial no Brasil é, para Cartaxo, fator impulsionador de uma indústria de ponta no Brasil, capaz de investir de igual para igual em mercados internacionais, como os dos Estados Unidos, da União Européia e da própria China:

- Não é qualquer equipamento que se pode lançar ao espaço, assim, se produz muito material de ótima qualidade e que pode ser adaptado para outros usos - diz o coordenador do projeto CBERS. Para ele, este já é um caminho seguido pela China, que quer se livrar da pecha de país fabricante de produtos de baixa qualidade.

Cartaxo entende que projetos governamentais como os de tecnologia espacial têm de ser apoiados tambem por iniciativas privadas e que as empresas ganham em qualificação de quadros e melhoria de processos.

Em relação ao CBERS, Cartaxo comemora a iniciativa de publicar as imagens pela internet e de publica-las gratuitamente, mediante cadastro. O número de usuários pulou de mil para 10 mil desde 2004. A idéia foi tão bem acolhida que os parceiros chineses também a adotaram. Até hoje, são mais de 300 mil imagens disponibilizadas, numa média de 250 por dia.

À espera do lançamento

A equipe de cerca de 15 brasileiros que está em Taiyuan para o lançamento do CBERS-2B já está em clima de melancolia. Alguns estão na China desde abril, quando o satélite, montado no Inpe em São Bernardo do Campo (SP) chegou a Beijing para uma nova bateria de testes. Agora, no local onde será lançado pelo foguete chinês Longa Marcha 4B, o CBRES-2B já está quase pronto, equipado com o painel solar que proverá a energia enquanto estiver em órbita.

Para o lançamento, basta condições meteorológicas adequadas, entre 19 e 21 de setembro. O horário deverá ser por volta de 11h30min (horário local, 0h30min, no Brasil), quando haverá restrições no espaço aéreo chinês, uma medida de segurança.

Saiba mais sobre o projeto

Brasil e China assinaram em 1988 parceria entre o Inpe e a Cast para desenvolver dois satélites avançados de sensoriamento remoto, denominado Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite, na sigla em inglês), o Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres

O governo chinês financiou 70% dos US$ 300 milhões e o brasil eiro, os 30% restantes

Em 2002, foi assinado um acordo para a continuação do programa CBERS, com a construção de dois novos satélites - os CBERS-3 e 4, que terão investimento de 50% de cada país

Como o lançamento do CBERS-3 será viável apenas em 2009, e diante da possibilidade de a vida útil do CBERS-2 acabar antes disso, o CBERS-2B foi construído

Cronograma de atividades para o lancamento do CBERS-2B

28 de agosto: O lancador Longa Marcha 4B chega ao centro técnico da base Taiyuan

Até 6 de setembro: O satélite deve ser colocado na coifa -compartimento- do lançador e transportado para a base de lancamento

Até 18 de semtebro: Integração e testes do satélite com o lançador e preparação para o lançamento

19 a 21 de setembro: Janela de lançamento, termo que designa o período em que as equipes aguardam condições meteorológicas para botar o satélite em órbita

O CBERS-2B

Pertence à primeira geração do CBERS, semelhante aos anteriores, mas com melhorias como a substituição do imageador IRMSS por uma Câmera Pancromática de Alta Resolução (HRC). Outras melhorias são um novo sistema de gravação a bordo, e um sistema avançado de posicionamento, que inclui GPS (Global Positioning System) e sensor de estrelas.

A órbita do CBERS é heliossíncrona (passa pelo mesmo local no mesmo horário e permite que haja sempre a mesma iluminação solar para dias diferentes de tomadas de imagens), a uma altitude de 778 quilômetros, perfazendo aproximadamente 14 revoluções por dia. Nesta órbita, o satélite cruza o Equador sempre às 10h30min.

 
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