Uma das quatro grandes invenções antigas: papel
2007-10-31 11:16:49    cri

A China é um dos antigos países civilizados do mundo, a sua seda, a porcelana, a Grande Muralha e o Palácio Imperial são muito conhecidos mundialmente. Mas das suas ricas heranças culturais e históricas, as mais famosas e influentes para o progresso do mundo humano, destacam-se as quatro grandes invenções antigas, ou seja, o papel, a tipografia, a pólvora e a bússola.

O papel

A escrita chinesa nasceu há seis mil anos. Antes da invenção do papel, as pessoas viam-se obrigadas a gravar os caracteres em pedra, carapuças de tartaruga e ossos de outros animais, fundi-los em recipientes de bronze, ou escrevê-los em lamelas de bambu, madeira ou sobre seda. Como utilizar estes materiais como suporte ou era muito difícil ou era caro, na antigüidade da China popularizou-se escrever sobre lamelas de bambu e madeira, método que durou muito tempo.

A arte do fabrico do papel remonta ao século II antes da nossa era, quando começaram a usar-se fibras de cânhamo no fabrico de papel grosseiro. Em maio de 1937, arqueólogos chineses descobriram numa tumba antiga, nos arredores da cidade Xi´an, província de Shaanxi, muitas folhas de papel desse gênero, que, segundo os arqueólogos, remontam, pelo menos, ao reinado do imperador Wu Di, da dinastia Han do Oeste, ou seja, ao primeiro século antes da nossa era. Trata-se do papel fabricado mais cedo com fibras vegetais, até agora descoberto no mundo.

Segundo os registros históricos, por volta do século II a China começou a fabricar papel, em quantidade, não só com fibras de cânhamo, mas também com casca de árvore. No Livro sobre a Dinastia Han do Leste, de autoria de Fan Ye, da dinastia do Sul e Norte (420-589), registra-se como um oficial eunuco, chamado Cai Lun, produziu papel com casca de árvore, cânhamo, farrapos e redes de pesca rotas, e como melhorou a técnica de fabrico do papel. Cai Lun promoveu grandemente a popularização desta técnica. Desde então, o papel barato e rentável substituiu progressivamente as peças de bambu, madeira e seda na escrita. Nos vários séculos posteriores como matérias-primas começaram a usar-se também fibras de junco, bambu e outras plantas, e ou mestres e artífices aperfeiçoaram na prática os processos tecnológicos de fabrico do papel e resumiram um conjunto de experiências de produção. Mais tarde, o papel chinês e a técnica do seu fabrico foram levados sucessivamente para o estrangeiro, o que contribuiu significativamente para o desenvolvimento da indústria da manufatura do papel noutros países e para o reforço do intercâmbio econômico e cultural entre os diversos países e povos do mundo.

 
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