Um satélite privado de comunicações da companhia norte-americana Iridium Satellite, colidiu com um satélite desativado da Rússia, no dia 10, no céu da Sibéria, disparando duas nuvens massivas de escombros, informou nesta quarta-feira (11) a NASA. Esta é a primeira vez que dois satélites em órbita se colidem.
Após o incidente, o porta-voz do Conselho de Estado norte-americano, Rob Mclntuff, afirmou que especialistas dos dois países devem realizar uma reunião sobre o assunto.
A Iridium Satellite atribuiu a razão à possível perda de controle do satélite russo. Um porta-voz do Ministério da Defesa russo afirmou que a colisão pode ter sido causada por uma falha na entrada do satélite norte-americano na "órbita de lixo".
O vice-diretor do centro espacial francês Toulouse, Philippe Goudy, disse que a colisão pode ter ocorrido devido à falta de monitoramento da operadora norte-americana.
Há especialistas norte-americanos assinalando que os escombros impõem alguma ameaça aos objetos espaciais em órbita e a limpeza desses lixos especiais precisa de cooperação internacional.
O responsável pelos assuntos públicos da NASA, Michael Brooks, disse que a colisão não ameaçará o lançamento da nave espacial "descobrimento" nem influenciará a Estação Espacial Internacional.
O alto oficial das tropas espaciais da Rússia, Alexander Yakushin, disse que os escombros dos satélites não impactarão os satélites em órbita do país.
O responsável pelo programa de nave automática de carga da Agência Espacial Européia, Jean-François Clervoy, disse que o incidente foi raro e os escombros podem impor algumas ameaças aos objetos espaciais como o telescópio de Hubble, que não são capazes de reajustar autonomamente suas órbitas de navegação.
O pesquisador do Observatório da Montanha Violeta da Academia Chinesa de Ciências, Zhao Changyin, disse que a China observará as influências da colisão sobre os satélites do país.
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