As ações militares israelenses contra a Faixa de Gaza ainda continuavam até a noite de ontem (29).
Os aviões de combate israelenses reforçaram ontem à noite os ataques contra a Faixa de Gaza, tendo como alvos principais algumas mesquitas, carros e casas controlados pelo Hamas. Nos últimos ataques aéreos, os aviões de combate israelenses atacaram a região norte da Faixa de Gaza e a residência de um alto líder do Izz al-Din al-Qassam, braço armado do Hamas, deixando sete mortos e dezenas de feridos.
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, pediu ontem em uma reunião dos altos funcionários governamentais que os participantes da reunião não discutam agora a possibilidade de encerrar os ataques contra Gaza e disse que Israel deve garantir a destruição dos alvos e a continuação das ações militares na Faixa de Gaza. A chanceler israelense, Tzipi Livni, afirmou ontem em conversa telefônica com o chanceler japonês, Hirofumi Nakasone, que o fim das ações de Israel na Faixa de Gaza depende da atitude do Hamas.
O responsável pelo departamento de resgate da Faixa de Gaza assinalou que, até agora, as tropas israelenses já lançaram mais de 305 ataques aéreos, causando pelo menos 345 mortes entre palestinos e ferindo mais de 1.600.
O representante-chefe palestino das negociações, Ahmed Qureia, anunciou ontem que a Autoridade Nacional Palestina suspendeu as negociações de paz com Israel em protesto contra os ataques aéreos de Israel na Faixa de Gaza.
O inspetor palestino permanente na ONU, Riad Mansour, declarou ontem em Nova York que o Conselho de Segurança da ONU tem a responsabiliade de tomar ações para obrigar a suspensão dos ataques militares israelenses contra Gaza.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, publicou novamente ontem uma declaração em que pediu o cessar-fogo imediato entre Israel e Palestina e a aplicação das medidas necessárias para evitar feridos e mortos civis.
O porta-voz da Comissão de Segurança Nacional dos EUA, Gordon Johndroe, disse ontem que a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, já discutiu a situação da Faixa de Gaza com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e líderes de outros países pelo telefone. Ele acrescentou que os EUA vão se dedicar à promoção de um acordo de cessar-fogo entre Palestina e Israel "completo, permanente e sustentável".
A França, que ocupa a presidência rotativa da União Européia, declarou ontem que vai realizar hoje em Paris uma reunião urgente de chanceleres para discutir a situação do Oriente Médio.
O presidente libanês, Michele Sleiman, declarou ontem em Beirute que apóia a realização da reunião urgente entre os líderes dos países árabes e a negociação conjunta da suspensão das ações militares israelenses na Faixa de Gaza.
|