Está realizando, em Beijing, a Cúpula de Beijing e 3a Conferência Ministerial do Fórum da Cooperação China-África, evento marcado pelo tema Amizade, Paz, Cooperação e Desenvolvimento. O Departamento de Português da Rádio Internacional da China (CRI, na sigla em Inglês) apresenta uma série de programas especiais sobre as relações sino-africanas.
Teremos hoje a quarta reportagem do programa especial. Segundo um funcionário do Ministério de Comércio da China, o governo chinês prestou as assistências àquele país, enquanto estimulou as empresas chinesas a participarem na reconstrução angolana.
Em março de 2003, o Ministério firmou um acordo com o Ministério das Finanças de Angola para a liberação de um financiamento de US$2 bilhões, por intermédio do Banco de Exportação e Importação da China (Eximbank, na sigla em inglês).
Desde então, as empresas estatais chinesas especializadas em obras de infra-estrutura começaram a operar em Angola. Atualmente, cerca de 20 médias e grandes empresas chinesas se fazem presentes em Angola.
Tu Qingkui é um dos gerentes do 13 º Serviço Hidráulico e Elétrico da China. Ele administra projetos de irrigação, hospitalares, escolares e de barragens naquele país.
Tu é responsável do Projeto de Instituto Agrário no Huambo que integra os projetos de cooperações bilaterais viabilizados pela linha de financiamento do Eximbank. Ele desembarcou em Angola em janeiro de 2005, durante o foco da doença de Marburg.
"O meu projeto absorve 50 funcionários chineses e 200 angolanos. A obra, orçada em US$22 milhões, começou em outubro de 2005 e deverá estar concluído até abril de 2007. A fase do assentamento de blocos já foi concluída, enquanto os trabalhos de acabamento interno chegam a 50%".
Hu Lu, funcionária chinesa no projeto, guarda boas imagens de Angola. Ela afirmou:
"Angola é um lindo País, com um mar azul e misteriosas florestas. Os angolanos são hospitaleiros e alegres em relação à vida. Muito embora a infra-estrutura permaneça no mesmo nível anterior à Guerra Civil, a situação vai melhorar através dos esforços comuns entre angolanos e chineses".
O ministro de Finanças de Angola, Eduardo de Morais, afirmou recentemente que a China desempenha um papel importante na reconstrução de seu país e qualificou a cooperação entre os dois países como cooperação em pé de igualdade e de benefício recíproco.
Depois do fim da guerra civil em 2002, a reconstrução angolana obteve grande progresso com a ajuda da comunidade internacional, incluída a China, disse o ministro. A China assinou um pacote de acordos com Angola e oferece a este as assistências financeiras e técnicas desempenhando um grande papel na reconstrução angolana.
A Companhia de Construção de Rodovias e Pontes da China foi uma das primeiras empresas chinesas a investir em Angola, empreitando projetos rodoviários e de pontes. O funcionário da Companhia, Li Lu, trabalha em Angola há mais de dois anos. Ele contou:
"O povo angolano é muito amistoso. Eles sempre ajudam os chineses. De fato, aprendemos muitas coisas com os angolanos. Ao mesmo tempo, a construção de rodovias e ferrovias possiblita a eles a ampliar suas exportações."
O responsável do Projeto de Instituto Agrário no Huambo Tu Qingkui disse que o idioma era uma grande barreira cotidiana ao chegar a Angola. Ele sublinhou:
"A comunicação na China, obviamente, é muito mais fácil nos canteiros de obras rodoviárias, hidráulicas e da construção civil. Mas, em Angola, há um certo stress em função do idioma, quando acabei de chegar àquele país."
Depois de quatro meses de adaptação, Tu começou a aprofundar seus conhecimentos e seu trabalho no país.
"Passei a se comunicar sobre as coisas mais simples, muito embora ainda caia em algumas situações embaraçosas. Empregados angolanos ensinaram-me seu idioma. No trabalho, nós fizemos os amigos íntimos."
A ativa cooperação dos trabalhadores angolanos, no entanto, o entusiasma. Ele citou um exemplo.
"O lançamento de concreto na laje não pode ser interrompido, a fim de garantir a qualidade da obra. Todos permanecem em seus postos, não obstante o fato de o trabalho poder durar horas a fio. Os colegas africanos ajudaram-nos a cumprir, o mais cedo possível, a missão em Angola.".
No final das entrevistas, Li e Tu acharam com unanimidade que a cooperação sino-angolana tem grandes perspectivas.
"As cooperações sino-angolanas favorecerão ao impulso das relações bilaterais sino-angolanas e ao reforço dos intercâmbios culturais."
"Os projetos de cooperações bilaterais ajudarão a mudar as instalações de educação e de saúde, e tem um grande peso para beneficiar o povo. Ao mesmo tempo, desejo que a amizade entre os dois povos seja eterna".
Caro ouvinte. Assim tivemos a quarta reportagem da série do programa especial "Consolidando a Amizade, Buscando o Desenvolvimento Comum". Obrigada pela atenção dispensada e até amanhã!
Obrigada e até amanhã!
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