Pequena vila chinesa aposta na cultura do Natal para atrair turistas

cri Published: 2017-07-18 16:15:16
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A aldeia Jilu situa-se na comarca Laishui da cidade de Baoding, cerca de 190 quilômetros ao sul da capital Beijing. Ela era uma aldeia pobre com rendimento anual per capita de 2000 yuans (equivalente a 294 dólares) em 2015. Como fica numa região montanhosa, falta à aldeia terras cultiváveis, e a maioria dos moradores saiu da aldeia procurando empregos em outros lugares. Porém, em apenas dois anos, a situação mudou com o novo empreendedorismo da aldeia.

"Nunca fiz isso anteriormente. A casa foi construída após a iniciativa de exploração turística do ano passado, e foi aberta ao público no nono dia de janeiro do calendário chinês." Quem fala é Zhang Shuyan, dona de uma pousada rural. Zhang Shuyan e seu marido foram trabalhadores migrantes em cidades. Com o apoio do governo local, o casal decidiu investir toda a poupança na restauração da casa, tornando-a uma pousada com dois andares. A iniciativa que Zhang falou é a política de erradicação da pobreza através do turismo.

O combate à pobreza com medidas especializadas é uma política do governo chinês lançada em 2014. A política encoraja os governos locais a recorrerem às medidas viáveis e adaptáveis à realidade local. O diretor do Gabinete do Combate à Pobreza da comarca de Laishui, Yan Yixue, apresentou a decisão de desenvolver o turismo: "Através da pesquisa, descobrimos que entre as mais de 20 mil pessoas pobres, 80% moram em regiões montanhosas, que possuem os melhores recursos turísticos. Por isso, definimos a estratégia de aliviar a pobreza por meio do desenvolvimento turístico."

Em cooperação com as empresas turísticas, a pequena aldeia se transformou numa vila com a cultura do Natal, copiando toda a paisagem da região Lapland da Finlândia. Atualmente, a aldeia Jilu está prestes a construir, nos seus arredores, um parque de esqui, parque infantil, estádio de bicicleta e restaurantes sobre a água, para se transformar num complexo para férias.

O desenvolvimento turístico não pode ser realizado sem as infraestruturas. Para ajudar o local a se livrar da pobreza, o governo fez um grande investimento na construção e restauração de estradas, pontes, tubulação de água e rede elétrica.

As instalações aperfeiçoadas possibilitaram os aldeões a entrarem no setor turístico com menor custo. Liu Xiaona era dona de casa, agora, ela e a sogra geram um pequeno hotel de apenas dois quartos. "Os dois quartos podem trazer cerca de três mil yuans por mês. Isso sem contar as refeições dos hóspedes. Não empregamos outras pessoas, a minha sogra cozinha e eu trabalho como empregada", disse Liu.

Atualmente, os clientes que frequentam a aldeia vêm, na sua maioria, das cidades próximas como Beijing e Tianjin. Na alta temporada, a aldeia recebe diariamente sete ou oito mil visitantes. Só no ano passado, o rendimento anual per capital cresceu 3500 yuans, fazendo a aldeia se livrar da pobreza.

O intelectual argentino Diego Mazzoccone, que vinha à China pesquisar o combate chinês à pobreza, disse que o modelo da aldeia lhe deu grandes inspirações: "É muito bom. Constatamos que o turismo oferece bons empregos para as famílias pobres da aldeia. Eles mudaram significativamente o nível de vida em dois ou três anos. O projeto é levado a cabo com os esforços conjuntos entre o governo, empresas privadas e famílias pobres. Os aldeões também trabalham com afinco, poupam o dinheiro e o investem no desenvolvimento turístico. As experiências são muito precisas para outros países, pelo menos para a América Latina onde eu moro. Podemos copiar esse modelo."

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