Como a China mantém a autossuficiência diante do salto internacional dos preços dos alimentos?
Segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), em março de 2022, o Índice de Preços dos Alimentos do órgão chegou a 159,3 pontos, o maior desde a criação do índice em 1990.
O site estadunidense de notícias Bloomberg relacionou esse aumento de preços no mundo com o açambarcamento dos alimentos da China. Sendo um dos poucos países no mundo que realizam a autossuficiência alimentar, a China armazenou um grande volume de alimentos durante muitos anos. Segundo a estatística, até 2021, a China manteve por sete anos consecutivos o volume anual de produção alimentar acima de 1,3 trilhão de jin, equivalente a cerca de 0,65 trilhão de quilos.
Durante muitos anos, a China tem praticado rigidamente as políticas de proteção da terra cultivada, defendendo o limite mínimo de 1,8 bilhão de mus, equivalente a 110 milhões de hectares, do campo cultivado. No final de 2021, a área de terra cultivada do país chegou a mais de 1,9 bilhão de mus, equivalente a 114 milhões de hectares. No primeiro trimestre de 2022, o valor agregado da agricultura registrou um aumento em relação ao mesmo período de 2021. Além disso, o volume de produção de carnes, leites e ovos também subiu em comparação com 2021.
Tradução: Paulo Xie
Revisão: Diego Goulart