UE não deve recuar nas questões das mudanças climáticas
Influenciadas pelos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia, as cadeias de oferta energética de alguns países europeus foram destruídas e o preço da energia tem aumentado.
A tensão da oferta e demanda energética causada por fatores geopolíticos se estenderam ao domínio das mudanças climáticas. Alguns países recuaram nas políticas energéticas, o que não apenas afeta a credibilidade internacional da União Europeia (UE) na resposta às alterações climáticas, como também encobre os esforços globais nesta questão.
No início deste mês, o Parlamento Europeu votou a favor de colocar “etiquetas verdes” ao gás natural e à energia nuclear. Críticos consideram que a decisão frustra os compromissos da UE com a redução das emissões de dióxidos de carbono e até ameaçará a realização das metas de neutralização carbônica do bloco até 2050.
O governo alemão prometeu a exclusão da eletricidade a carvão até 2030 sob “condições ideais”. Suas políticas, entretanto, tiveram um grande retorno hoje em dia ao anunciar o plano de usar mais energia a carvão para atender às demandas.
O diretor do Comitê de Proteção Climática e Energia do Parlamento Federal da Alemanha, Klaus Ernst, criticou que o regresso da dependência da eletricidade a carvão é um desastre para as políticas climáticas.
A resposta às mudanças climáticas é uma responsabilidade conjunta da comunidade internacional e não deve ser afetada por fatores geopolíticos temporários. A UE deve refletir suas abordagens de que o lançamento de sanções contra a Rússia trouxe de volta riscos a sua própria segurança energética, ao invés de mudar as políticas energéticas e quebrar suas promessas nesta questão.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Diego Gou