Comentário: Manipulação política da Austrália é irônica
A chanceler australiana anunciou nesta quinta-feira (21) a quebra do memorando e do acordo-quadro sobre o Cinturão e Rota assinado entre a parte chinesa e o estado de Victoria, da Austrália, sob o pretexto do documento “não corresponder à política diplomáticas do país ou não beneficiar as relações exteriores australianas”.
A decisão é apenas uma manipulação de alguns políticos australianos para satisfazer os EUA. No ano passado, o Congresso australiano aprovou a nova lei de relações exteriores, que permitiu ao governo federal o veto de acordos assinados entre os estados australianos e outros países. O decreto é voltado especialmente para o acordo do Cinturão e Rota entre o estado de Victoria e a China.
Considerando seu status internacional, porém, a ação do governo australiano não exercerá influência significativa para a construção do Cinturão e Rota, mas revelou as faces duplas de alguns políticos australianos.
Nos últimos anos, os políticos australianos seguiram os EUA para impedir a participação da empresa chinesa Huawei na construção da tecnologia 5G, assim como incitar a “investigação independente” sobre a origem do novo coronavírus e emitir teses inapropriadas sobre os temas relacionados a Hong Kong e Xinjiang. Por outro lado, a Austrália mostrou sua vontade de cooperar com a China na busca dos próprios interesses econômicos.
No entanto, o governo australiano superestimou seu valor. Apesar de mostrar sua fidelidade aos EUA com o arrependimento do acordo entre o estado de Victoria e a parte chinesa, a Austrália não obterá os benefícios esperados.
O ex-diplomata australiano, Tony Kevin, avaliou que a política do governo australiano em relação à China causará a perda de um mercado estável para o país. Os exportadores norte-americanos e europeus aproveitarão essa oportunidade para preencher a vaga. Isso, afinal, prejudicará os interesses da própria Austrália.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Erasto Santos Cruz