Portugal anuncia novo confinamento nacional para conter COVID-19
O primeiro-ministro português, António Costa, anunciou nesta quarta-feira um novo período de confinamento geral para travar o crescimento exponencial nas infecções da COVID-19 nos últimos dias.
Com o início do novo "estado de emergência" a partir de 15 de janeiro, o premiê português pediu "regressar ao dever de recolhimento domiciliário tal como tivemos em março e abril quando travámos com sucesso a primeira vaga. A regra é ficar em casa".
A única nova exceção relevante é que as escolas permanecerão abertas "em pleno funcionamento", anunciou Costa em uma declaração oficial.
Somente as viagens para comprar mercadorias e serviços essenciais, atividades profissionais que não podem ser realizadas à distância, atividades físicas breves e assistência a membros da família serão permitidas.
Costa prometeu que o governo fornecerá assistência financeira às empresas e seus funcionários pelo fechamento de suas atividades durante o estado de emergência, que dura 15 dias e pode ser renovado pelo mesmo período.
Restaurantes e instalações semelhantes podem operar exclusivamente para entrega ou take-away, enquanto feiras, mercados de alimentos e supermercados devem funcionar sem restrições de tempo.
Este é o 9º decreto de estado de emergência desde o início da pandemia da COVID-19. É a classificação mais alta para a proteção civil em Portugal, permitindo a suspensão de direitos, liberdades e garantias.
Portugal registrou 10.566 casos de infecção com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, o maior volume diário desde o início da pandemia, levando o total para 507.108. Outras 156 mortes foram relatadas, com o total chegando a 8.326.
De acordo com as autoridades de saúde, mais de 75 mil pessoas foram vacinadas desde o início da campanha em 27 de dezembro.
Enquanto o mundo luta para conter a pandemia, a imunização está em andamento em alguns países com vacinas contra o coronavírus já autorizadas.
Ao mesmo tempo, 236 vacinas candidatas estão sendo desenvolvidas no mundo -- 63 das quais em testes clínicos -- em países incluindo Alemanha, China, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos, de acordo com informação divulgada pela Organização Mundial da Saúde na terça-feira.