Fiji e China prometem aprofundar laços bilaterais e cooperação prática
O primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores de Fiji, Voreqe Bainimarama, disse nesta segunda-feira que seu país está pronto para aprofundar as relações bilaterais com a China e expandir a cooperação em vários campos, incluindo infraestrutura, agricultura e pesca, capacitação e desenvolvimento sustentável, fortalecendo a parceria entre os dois países.
Bainimarama fez as observações durante uma reunião com o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi. Ele também observou que Fiji continuará apoiando firmemente o princípio de Uma Só China.
Desde o estabelecimento de laços diplomáticos há 47 anos, disse Bainimarama, Fiji e China têm se comprometido a desenvolver relações amigáveis, bem como a cooperação ganha-ganha baseada em aspirações e interesses comuns.
O povo fijiano sempre tem em mente que a China respeita a soberania de Fiji e está firmemente com Fiji, explicou ele.
Bainimarama elogiou a Iniciativa de Desenvolvimento Global proposta pela China, dizendo que apoia a iniciativa e acredita que ela servirá como uma grande força motriz para uma recuperação pós-pandemia mais rápida.
Ele alertou que, atualmente, a situação internacional volátil e em mudança intensificou a interdependência entre os países, incitando uma cooperação mais estreita para enfrentar melhor os desafios globais.
Por sua vez, Wang ressaltou que as relações China-Fiji resistiram ao teste das vicissitudes internacionais, com ambos os países confiando e apoiando um ao outro e sempre sendo os primeiros a se ajudarem.
Quanto mais volátil e complexa for a situação internacional, mais importante é para China e Fiji impulsionarem sua amizade tradicional, aumentarem a confiança estratégica mútua, defenderem seus interesses comuns e salvaguardarem os direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento, bem como a paz e a estabilidade regionais, observou.
Como amiga e parceira confiável, a China apoia firmemente Fiji na manutenção da estabilidade social e unidade étnica, na busca de uma política externa independente, na aceleração do desenvolvimento e revitalização nacionais e no desempenho de um papel mais importante nos assuntos regionais e internacionais, disse Wang.
A China espera ver a participação ativa de Fiji na Iniciativa de Desenvolvimento Global proposta pela China para construir maior sinergia e acelerar a realização da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, acrescentou.
Wang salientou que o comércio entre a China e Fiji cresceu mais de 30% no ano passado, apesar das dificuldades, o que demonstrou um enorme potencial da cooperação bilateral.
A China está disposta a aprofundar a sinergia entre a construção conjunta da Iniciativa do Cinturão e Rota e o Plano Nacional de Desenvolvimento de 20 anos de Fiji, ajudar o país a acelerar sua recuperação pós-pandemia, continuar a fortalecer a cooperação para melhorar a subsistência das pessoas, criar projetos de maior qualidade e trabalhar para tornar o projeto de cooperação tecnológica de Juncao um sucesso, garantiu o chanceler chinês.
A China está pronta para expandir a importação dos produtos competitivos e distintos de Fiji, incentivar empresas chinesas mais qualificadas a investirem e iniciarem negócios em Fiji e ajudar o país a melhorar sua capacidade de desenvolvimento independente, acrescentou.
Wang lembrou que a China colocou em operação a Reserva de Suprimentos de Emergência China-Países Insulares do Pacífico e trabalhará em conjunto com os países insulares do Pacífico para construir plataformas de cooperação nas áreas de alívio da pobreza e desenvolvimento, resposta às mudanças climáticas, prevenção e mitigação de desastres, cooperação agrícola e tecnologia de Juncao.
Bainimarama elogiou os esforços da China para acompanhar os resultados da primeira Reunião dos Ministros das Relações Exteriores China-Países Insulares do Pacífico e agradeceu à China pelo forte apoio aos países insulares do Pacífico para promoverem o desenvolvimento sustentável e fortalecerem a resiliência às mudanças climáticas.
Durante a reunião, os dois lados também trocaram opiniões sobre a atual situação internacional e regional. Eles concordaram que esforços devem ser feitos para defender e manter conjuntamente o multilateralismo, salvaguardar o sistema internacional centrado na ONU e proteger os direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento.
Após a reunião, Bainimarama e Wang participaram de uma cerimônia de assinatura de documentos sobre cooperação bilateral em campos que vão desde mudanças climáticas, cultivo de grama de Juncao até prevenção e mitigação de desastres.