Europa não deve esquecer das contribuições chinesas na Segunda Guerra Mundial
O dia 3 de setembro de 2020 marca o 75º aniversário da vitória da Guerra Antifascista Mundial. No dia 15 de agosto comemora-se o 75º aniversário da rendição incondicional do Japão. Porém, esta segunda data é sempre ignorada nos estudos sobre a Segunda Guerra Mundial na Europa. Para muitos países asiáticos do leste, especialmente a China, 15 de agosto é um dia vitorioso que merece ser sempre lembrado.
Em 1931, o Japão invadiu o nordeste da China e criou um regime fantoche na Manchúria. Em dezembro de 1937, ocupou Nanjing, então capital da China e matou pelo menos 300 mil chineses. Ainda é difícil calcular com precisão o número de vítimas.
No entanto, algumas instituições autoritárias até administradores governamentais do Japão negaram o grande massacre de Nanjing. De qualquer maneira, a violência dos invasores japoneses na China foi igual ao crime dos nazistas com os judeus na Segunda Guerra Mundial.
Para a China, foi uma história dolorosa. Lamentavelmente, os europeus percebem pouco suas contribuições importantes para derrotar os países do eixo. A China perdeu pesado na Segunda Guerra Mundial e os chineses passaram por grandes sofrimentos. Historiadores estimam que mais de 30 milhões de chineses morreram na guerra.
De fato, a França deve comemorar também esta data importante. Já que no mesmo período, o Japão invadiu a Indochina Francesa e cometeu crimes semelhantes aos franceses residentes no Vietnã e Camboja. Mas, lamentavelmente, europeus esquecem sempre do dia 15 de agosto.
Passados 75 anos, devemos rever a história e lembrar da data, em homenagem aos civis chineses mortos nesta guerra e saudar os militares chineses que participaram da resistência às agressões japonesas.
(escrito por sinólogo francês, Lionel Vairon)
Tradução: Zhu Jing
Revisão: Diego Goulart