Desenvolvido no Brasil capacete para pacientes com COVID-19
A empresa brasileira, Roboris, dedicada ao setor aeroespacial, desenvolveu um capacete que funciona como uma bolha de respiração individual controlada para pacientes com dificuldades de respirar por conta da COVID-19.
Trata-se de um capacete no formato de uma bolha transparente, de uso individual e descartável, com conexões respiratórias, que serve de interface entre o paciente e o ventilador mecânico e que foi criado como uma alternativa para manter uma boa oxigenação do paciente, sendo primariamente uma tentativa de tratamento antes do ingresso em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Com um sistema de ventilação não invasivo, a bolha permite evitar a intubação dos pacientes em estado moderado que apresentem dificuldades para respirar. Além disso, o dispositivo possibilita evitar a contaminação de todas as pessoas que participam do tratamento do paciente.
A empresa assinou um acordo com uma companhia especializada em resgate aeromédico para utilizar o capacete nos pacientes transportados. Se o paciente não tem necessidade de respiração artificial, seu uso tem o fim de proteger toda a equipe médica, a tripulação e o próprio paciente durante o percurso.
"Será o primeiro capacete estanque utilizado para a remoção aeromédica no país e no mundo, até onde sabemos", afirmou o diretor-geral da Roboris, Guilherme Thiago de Souza.
O capacete tem como principal característica a estanquidade (vedação), impedindo o vazamento de ar, essencial para evitar a propagação do vírus e não expõe os profissionais a aerossóis, diminuindo bastante as chances de contaminação. O equipamento é atualmente o único capacete nacional com aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Roboris é uma empresa que faz parte do Cluster Aeroespacial Brasileiro, grupo de empresas estratégicas para o setor aeroespacial, e fornece engenharia industrial para Embraer, a terceira maior fabricante de aviões do mundo.
A ideia do capacete nasceu enquanto uma equipe de engenheiros estudava respiradores mecânicos para ajudar no tratamento da COVID-19.