Novo estudo mostra divergências entre grupos raciais e étnicos em hospitalizações por COVID-19 nos EUA
Uma nova análise das taxas de hospitalização da Universidade de Minnesota mostrou que as populações afro-americanas, hispânicas, indígenas americanas e nativas do Alasca nos Estados Unidos têm significativamente maior probabilidade do que brancos de serem hospitalizadas por COVID-19.
O estudo, publicado na segunda-feira na JAMA Internal Medicine, encontrou divergências significativas entre grupos raciais e étnicos depois de analisar quase 49.000 hospitalizações por COVID-19 durante um período de dois meses nos 12 estados dos EUA que relatam tais dados para pacientes hospitalares.
"Os impactos clínicos, financeiros e sociais exclusivos de COVID-19 nas populações raciais e étnicas, que são sistematicamente marginalizadas em nossa sociedade, devem ser bem compreendidos para projetar e estabelecer soluções de infraestrutura eficazes e equitativas", disse Pinar Karaca-Mandic, professor e diretor acadêmico do Instituto de Liderança da Indústria Médica da Escola Carlson da Universidade de Minnesota e o principal autor do estudo.
O estudo descobriu que os afro-americanos foram hospitalizados em taxas mais altas do que aqueles que eram brancos em todos os 12 estados que relataram dados, citando Ohio, Minnesota e Indiana com as maiores divergências.
Os hispânicos foram hospitalizados em taxas mais elevadas do que os brancos em 10 dos 11 estados que relataram esses dados, com Virgínia, Utah e Rhode Island com as maiores divergências, de acordo com o estudo.
Os índios americanos e nativos do Alasca foram hospitalizados em taxas mais altas do que os brancos nos oito estados que relataram dados.
Os pesquisadores observam que as divergências encontradas em outros grupos populacionais são amplamente revertidas entre as comunidades asiáticas. Em seis dos 10 estados que informaram dados para o grupo asiático, a proporção de internações foi menor em relação à representação populacional.
Em Massachusetts, os indivíduos que se identificam como asiáticos representam 7 por cento da população, mas apenas 4 por cento das hospitalizações de COVID-19, de acordo com o estudo.