Secretário da Saúde estadunidense se concentra em sua carreira política e desconsidera pandemia

O secretário da Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Alex Azar, chegou na segunda-feira (9) a Taipei, em Taiwan. O porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian, declarou firme oposição chinesa ao contato oficial entre os EUA e Taiwan e apresentou solenes representações.

Sendo alto oficial responsável pelos assuntos da saúde, Azar pretende usar o pretexto de cooperação para prevenção da pandemia para esconder seu verdadeiro objetivo. Ironicamente, suas medidas de prevenção e controle fracassaram uma após a outra, tornando-se o país com maior contágio de novo coronavírus do mundo. Segundo o levantamento da universidade estadunidense Johns Hopkins, o país contabilizou mais de 5 milhões de casos de Covid-19 até segunda-feira (9) e mais de 160 mil pessoas morreram por causa da doença.

De acordo com o site de notícias políticas estadunidense Político, desde o final de abril, o secretário do HHS, Alex Azar, fez 11 viagens - incluindo nove aos principais campos de batalha da campanha eleitoral de 2020: Flórida, Geórgia, Michigan, Maine e Carolina do Norte, bem como duas viagens à Pensilvânia e Wisconsin. Uma das outras duas viagens foi uma visita a Buffalo, N.Y., cidade natal de um importante assessor que recentemente se juntou ao Departamento de Estado a pedido de Trump. A outra foi Boston, com a intenção de preparar a propaganda da mídia em mais um estado de batalha, New Hampshire.

As visitas frequentes de Azar a estados decisivos, e sua promoção consistente de Trump, pareceram aos atuais e ex-funcionários do HHS como incomuns, especialmente durante um surto que o departamento de Azar tem dificuldade de administrar.

A campanha de Biden também argumentou que a administração de Trump estava priorizando a política e não a saúde pública. “É absolutamente vergonhoso que o secretário Azar esteja entrando na campanha às custas do contribuinte, mesmo com o aumento de casos de Covid-19 em todo o país”, disse o porta-voz de Biden, Michael Gwin.

Tradução: Zhu Jing

Revisão: Diego Goulart