Maioria dos primeiros casos de COVID-19 em Nova York remontam à Europa
As sequências da maioria das primeiras amostras positivas para SARS-CoV-2 na cidade de Nova York se assemelhavam àquelas que circulam na Europa, sugerindo prováveis introduções do vírus desde a Europa, de outros locais nos EUA e das introduções locais de Nova York, de acordo com um novo relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA na quinta-feira.
Para determinar se a transmissão local do SARS-CoV-2 poderia ser detectada, o Departamento de Saúde e Higiene Mental (DOHMH) de Nova York conduziu uma vigilância sentinela deidentificada em seis departamentos de emergência hospitalar durante os dias 1 a 20 de março.
O DOHMH anunciou a transmissão comunitária sustentada da COVID-19 em 8 de março, antes que os Estados Unidos impusessem a proibição de viagens da Europa em 13 de março, de acordo com o relaório. Nessa ocasião, 26 residentes de Nova York haviam confirmado a COVID-19.
Na semana seguinte, em 15 de março, quando apenas sete dos 56 pacientes com históricos de exposição conhecidos tinham exposição fora de Nova York, o nível de transmissão comunitária do SARS-CoV-2 foi elevado da transmissão comunitária sustentada para a transmissão comunitária ampla, disse o CDC.
"Embora as restrições de viagem sejam uma importante estratégia de mitigação, quando as restrições em relação a Europa foram implementadas, a importação e transmissão comunitária do SARS-CoV-2 já haviam ocorrido em Nova York", disse o relatório.
Por meio da vigilância sentinela de 1 a 20 de março, o DOHMH coletou 544 amostras de pacientes com sintomas semelhantes à gripe, 36 com resultado positivo.
"Usando o sequenciamento genético, o CDC determinou que as sequências da maioria das amostras positivas do SARS-CoV-2 se assemelhavam às que circulam na Europa, sugerindo prováveis introduções do SARS-CoV-2 desde a Europa, de outros locais dos EUA, e introduções locais dentro de Nova York", disse o relatório.
A sequência de 2 de março, a primeira amostra positiva de sentinela coletada, se agrupou com as sequências iniciais da Europa e Estados Unidos, que também se agruparam com sequências da China, informou o CDC.
"Nenhuma sequência de sentinela foi diretamente ligada às de Wuhan, China, onde o surto se originou", afirmou o relatório.