Itália estenderá medidas anti-COVID até 31 de julho, segundo ministro da Saúde
O governo italiano estenderá as medidas de contenção de COVID-19 existentes até 31 de julho, disse às duas casas do parlamento na terça-feira o ministro da Saúde, Roberto Speranza.
Essas medidas incluem a proibição de "entrada e trânsito na Itália de quem passou algum tempo ou transitou pela Armênia, Bahrein, Bangladesh, Brasil, Bósnia e Herzegovina, Chile, Kuwait, Macedônia do Norte, Moldávia, Omã, Panamá, Peru e República Dominicana", disse Speranza.
"Os voos diretos e indiretos de e para esses países serão suspensos", disse Speranza, acrescentando que "atualizaremos constantemente essa lista com base na evolução dos dados (epidemiológicos)".
"Também confirmamos uma quarentena de 14 dias para todas as chegadas de países não pertencentes à União Europeia e países não Schengen", continuou Speranza.
"A partida não foi vencida, ainda está sendo disputada", disse ele, acrescentando que "não devemos subestimar uma situação internacional extremamente preocupante porque, em nível global, a circulação do vírus está se acelerando".
A Itália, disse Speranza, "ainda não alcançou um porto seguro", e isso é demonstrado pelos "vários núcleos ativos" que elevaram o índice Rt (a taxa de transmissão do vírus) acima de 1 em cinco das 20 regiões da Itália.
Além das proibições de viagem, as medidas de contenção incluem o uso obrigatório de máscaras em espaços fechados, distanciamento social, sanções penais para quem viola sua quarentena e verificações mais rigorosas em aeroportos, portos e passagens de fronteira, disse Speranza.
Ele acrescentou que "uma atenção particular está voltada para as chegadas (de migrantes sem documentos) em nossos litorais, com rigorosos exames de saúde e quarentena obrigatória para todos os que chegam".
A Itália teve um aumento no número de chegadas de migrantes nos litorais sul, com muitos deles testando positivo para o novo coronavírus.
Isso provocou protestos entre os moradores locais e líderes regionais, que ameaçaram fechar seus litorais, a menos que o governo central intervenha para ajudá-los.
Speranza disse que escreveu às autoridades de saúde europeias sobre a questão dos migrantes que chegam ao litoral sul da Itália, que fazem parte da fronteira sul da União Europeia.
Separadamente, o governo italiano liderado pelo primeiro-ministro, Giuseppe Conte, está avaliando se deve prolongar o estado nacional de emergência de seis meses por mais seis meses.
O estado atual de emergência foi declarado no dia 31 de janeiro.