Comentário: A epidemia arranca a máscara norte-americana de "Igualdade para Todos"
"Durante a epidemia, é necessário parar de enviar crianças para fora do país, especialmente aquelas que não são acompanhadas”, advertiu aos EUA o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em sua conta na rede social, acompanhando o texto com fotos de sapatos e pés sujos de crianças em um asilo. Essa é uma silhueta do aumento da desigualdade social e deterioração da situação dos direitos humanos nos EUA sob a epidemia.
Desde o início de março, independentemente do risco da epidemia do novo coronavírus, o governo norte-americano enviou pelo menos 1.000 crianças imigrantes sem responsáveis de volta a países como México, El Salvador, Guatemala e Honduras. Como muitas crianças não tinham como retornar à sua terra natal, elas só puderam ficar em abrigos perto das fronteiras, e algumas ficaram em risco devido a doenças.
O UNICEF emitiu uma declaração dizendo que tal prática dos EUA colocaria essas crianças em uma "séria ameaça de falta de proteção". A entidade manifestou a preocupação com o fato dessas crianças serem sujeitas à violência e discriminação, porque são suspeitas de terem sido infectadas pelo novo coronavírus nos EUA.
De sangue frio e cruel, é assim que as pessoas geralmente se sentem em relação aos políticos norte-americanos. Atualmente, essas crianças mais vulneráveis e desamparadas são abandonadas pelo governo dos EUA como algo sem valor, o que é triste e assustador!
A epidemia é como um "espelho milagroso", refletindo a hipocrisia, egoísmo, sangue frio e crueldade dos políticos estadunidenses que anunciam "igualdade para todos". O comportamento dessas pessoas tem sido criticado pela mídia como "desumano" e "de perda de humanidade"... Eles se tornaram animais politicamente interessados em si mesmos, já não possuem a mínima simpatia há muito tempo e, naturalmente, não a mantêm mesmo com as crianças.
Além das crianças, muitos idosos que vivem em lares de idosos nos EUA também são considerados um estorvo, algo sem valor algum aos olhos dos políticos norte-americanos, que não dão a mínima atenção a eles durante a epidemia. De acordo com uma pesquisa do New York Times, 11% dos pacientes do COVID-19 diagnosticados nos EUA vêm de instituições para idosos e mais de um terço das mortes estão relacionadas a essas instituições.
O ataque do vírus não faz distinção entre etnia, nacionalidade e riqueza, mas a alocação de recursos do governo norte-americano contra a epidemia se diferencia consideravelmente: os mais vulneráveis e que precisam de ajuda estão sendo abandonados ou mesmo sacrificados, não só os idosos e crianças, como também os grupos pobres e minoritários.
De fato, a difícil situação enfrentada pelos grupos de idosos, crianças, pobres e pessoas de cor durante a epidemia é consequência de um surgimento acentuado de contradições e desigualdades sociais, como racismo, solidificação de classes sociais e crescente fosso entre ricos e pobres. Esses problemas estão profundamente arraigados na sociedade norte-americana há décadas.
Nos EUA de hoje, a performance dos políticos norte-americanos comprova a conclusão da revista Times no dia 20: “A epidemia do COVID-19 é um fracasso da democracia norte-americana.”
Tradução: Paula Chen
Revisão: Erasto Santo Cruz