Chefe da OMS diz que pandemia da COVID-19 está se "acelerando"
Mais de 300 mil casos da COVID-19 foram relatados em quase todos os países e regiões do mundo, revelou nesta segunda-feira o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, observando que "a pandemia está se acelerando".
Em uma coletiva de imprensa diária, o diretor-geral da OMS disse que, desde o primeiro caso relatado da COVID-19, levaram 67 dias para o número de casos em todo o mundo alcançar 100 mil, enquanto o segundo e o terceiro 100 mil casos foram relatados em apenas 11 dias e 4 dias, respectivamente.
"Os números importam porque não são apenas números", disse Tedros, lembrando que por trás deles estão pessoas cujas vidas e famílias foram afetadas.
De acordo com o registro de situação da OMS, até as 09h00 GMT de segunda-feira, 332.935 casos do coronavírus, incluindo 14.510 mortes, foram relatados, e o vírus se espalhou para 189 países e regiões.
Fora da China, Itália, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Irã e França são os mais afetados, com mais de 10 mil pessoas infectadas cada, relatando no total mais de 180 mil casos.
Tedros pediu que os países adotem estratégias defensivas e ofensivas para combater a epidemia.
Como estratégias defensivas, as medidas de distanciamento físico, como pedir às pessoas que fiquem em casa, são importantes para diminuir a propagação do vírus e ganhar tempo, destacou Tedros.
"Para vencer, temos que atacar o vírus com táticas agressivas e direcionadas", enfatizou o chefe da OMS, pedindo que todos os países e regiões testem todos os casos suspeitos, isolem e atendam todos os pacientes confirmados, e rastreiem e coloquem em quarentena todos os contatos próximos.
Observando que alguns países têm problemas de capacidade para implementar essas medidas ofensivas, Tedros sugeriu que estes mobilizem recursos internamente das regiões menos afetadas para aumentar sua capacidade.
Além disso, o chefe da OMS agradeceu aos países que têm enviado equipes médicas de emergência para cuidar de pacientes e treinar profissionais de saúde em outros países que precisam de apoio.
"Este é um exemplo incrível de solidariedade internacional", acrescentou Tedros.
Em seus esforços para apoiar a batalha mundial contra a pandemia da COVID-19, a China enviou várias equipes de especialistas médicos e forneceu suprimentos médicos para muitos países e regiões.