Comentário: Tratar China como bode expiatório não ajuda a combater a epidemia
Recentemente, o renomado especialista italiano em medicina, Giuseppe Remuzzi, disse que a Itália podia ter sido atingida por uma pneumonia muito parecida com a pneumonia causada pelo novo coronavírus em novembro passado. Anteriormente, o diretor do CDC, Robert Redfield, reconheceu que alguns cidadãos estadunidenses podiam ter morrido devido ao novo coronavírus no ano passado.
O acadêmico chinês Zhong Nanshan assinalou que o vírus pode não ter origem em Wuhan. Infelizmente, alguns políticos e profissionais da mídia norte-americanos usaram repetidamente "vírus chinês" em ocasiões públicas e rede social. A ex-secretária de Estado Hillary Clinton disse que o atual presidente do país está se voltando para comentários racistas para desviar a atenção da população.
A repórter do Sky News, um jornal britânico, Amanda Walker, disse que Donald Trump aumentou a frequência na menção de "vírus chinês", o que é uma maneira de evitar acusações. A CNN comenta que, para os políticos norte-americanos, usar a China como bode expiatório é provavelmente a maneira mais simples e eficaz de convencer o povo do país. O New York Times observa que Trump está ignorando o aumento de críticas contra suas palavras racistas e anti-China.
Na presença do vírus, qualquer auto-engano e imputação agravarão a propagação da epidemia. A discriminação racial é um vírus ideológico e o inimigo público de toda a humanidade. Culpar os outros e furtar-se das responsabilidades não ajudam a combater a epidemia ou fortalecer um país.
Tradução: André Hu
Revisão: Diego Goulart