Reflexões sobre o fortalecimento do mercado interno chinês
Os atributos da qualidade, do valor agregado e o compromisso com a preservação do meio ambiente serão condições fundamentais para expandir o mercado interno chinês.
Além disso, cada vez mais teremos maior integração de novos produtos e serviços com as novas tecnologias de ponta. Por exemplo, no setor de alimentos, que será um dos mais estratégicos no futuro, podemos observar como acontecerá essa integração com a tecnologia.
Em unidades situadas no campo, o desenvolvimento dos insumos ocorrerá através da biotecnologia genômica, a nanotecnologia e fábricas agrícolas inteligentes.
Em relação à água, serão prioritários os processos de dessalinização e de tratamento da água potável.
Em relação ao processamento dos alimentos, haverá produtos, como os alimentos funcionais, embalagens inteligentes e alimentos, com maior extensão do tempo de validade.
Também na área de serviços temos exemplos relacionados com uma maior integração tecnológica.
Em relação ao setor de entretenimento e turismo, haverá serviços diferenciados tecnologicamente nos segmentos de museus, teatros e galerias.
Nas áreas da economia criativa, haverá serviços diferenciados tecnologicamente nos segmentos de audiovisual, mídia editorial, softwares e games.
O último dos principais pré-requisitos para o desenvolvimento de um sólido mercado interno será através da maior conectividade entre produtores e consumidores através de segmentos do setor de infraestruturas.
Finalmente, acreditamos ser de extrema necessidade o governo chinês implantar essa estratégia de consolidar um grande mercado interno consumidor nesse novo contexto mundial.
Essa política deve trazer efeito muito benéfico para a economia da China porque os empresários chineses que concorrem com produtos similares estrangeiros importados terão um incentivo maior para aprimorar a qualidade e a produtividade em seus negócios.
Essa política de constante aprimoramento de produtos e serviços chineses devem caminhar para a consolidação e expansão da marca da qualidade “Made in China” que fará muitos outros produtos chineses se incorporem aos que já tem esse reconhecimento de consumidores internos e externos.
(Autor: Ronnie Lins, diretor do Centro China-Brasil: Pesquisa e Negócios)