China divulga primeiro Livro Branco sobre segurança nuclear
A China divulgou hoje (3) o seu primeiro Livro Branco sobre a segurança nuclear. Conforme o documento, o país aprovou todos os instrumentos jurídicos internacionais no âmbito da segurança nuclear e apoiou o fortalecimento da cooperação multilateral nesta área. O país também continuará promovendo a cooperação internacional, o estabelecimento de um sistema internacional justo, cooperativo e benéfico para todos, e o compartilhamento dos resultados do desenvolvimento do uso pacífico da energia atômica.
O Livro Branco, emitido pelo Gabinete de Imprensa do Conselho de Estado, mostra que a China sempre leva a garantia da segurança nuclear como uma responsabilidade importante do país e desenvolve essa causa sob a condição básica de segurança. O país tem mantido um recorde satisfatório de segurança nuclear e abriu caminho com características próprias a este respeito. O vice-ministro de Ecologia e Meio Ambiente e diretor da Administração de Segurança Nuclear da China, Liu Hua, apresentou a situação.
“Até o final de junho deste ano, na parte continental chinesa, havia 47 unidades de energia nuclear em operação, 19 reatores e montagens críticas civis, 18 instalações de circulação de combustíveis nucleares e duas usinas de tratamento de resíduo com baixa e média radiação. As instalações mantiveram um bom recorde de segurança. Conforme as estatísticas da Associação Mundial de Operadores Nucleares, 80% dos indicadores das unidades de energia nuclear em funcionamento da China atingem o nível médio mundial e 70% destes correspondem ao nível avançado. Podemos dizer que os indicadores de operação das instalações nucleares da China ocupam lugares de vanguarda de modo geral”, disse o vice-ministro.
A China recebeu, respectivamente, nos anos de 2000, 2004, 2010 e 2016, a avaliação da Associação Internacional de Energia Atômica sobre seu sistema de segurança nuclear. Em 2016, a entidade realizou um balanço abrangente sobre o sistema de supervisão e administração de segurança nuclear e radioativa. A conclusão foi que a China vinha aumentando sua eficiência, regularização e internacionalização no seu sistema de supervisão. De acordo com Liu Hua, os padrões de segurança nuclear da China são paralelos aos internacionais.
O Livro Branco assinalou que a China está bastante atenta à cooperação internacional na segurança nuclear. O país já assinou acordos com a França, os EUA, a Rússia, o Japão e a Coreia do Sul, assim como com nações emergentes no campo da energia nuclear. Liu Hua disse que a China também oferece plataformas para formações e intercâmbios com países em desenvolvimento, a fim de elevar o nível de segurança nuclear global.
“A China se integra e implementa ativamente os instrumentos jurídicos internacionais sobre a segurança nuclear. Nos últimos anos, o país aderiu a quase todas as convenções internacionais neste setor. A China apoia os trabalhos da Associação Internacional de Energia Atômica. O país é o segundo maior contribuinte para a entidade e continuará doando para o Fundo da Segurança Nuclear”, disse Liu Hua.
Tradução: Paula Chen
Revisão: Gabriela Nascimento