Difamar a China como “manipuladora da moeda” é ato típico do unilateralismo dos EUA

Published: 2019-08-07 17:08:58
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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos classificou a China como "manipuladora da moeda", apesar do fato de que ela não atende aos critérios de “ação manipuladora” estabelecidos por Washington. Esse ato tão imprudente de unilateralismo e protecionismo prejudicará seriamente a ordem internacional.


Em maio de 2019, o Departamento do Tesouro dos EUA declarou que a China atende apenas a um de seus três critérios para o rótulo, a saber, que tem um superávit comercial anual de mais de US$20 bilhões. O órgão disse também que a China não manipulou a taxa de câmbio para obter uma vantagem injusta. Hoje, dois meses depois, o Departamento do Tesouro dos EUA anulou sua própria conclusão e se contradisse.


De acordo com o consenso atingido entre a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), o FMI é a instituição especializada no gerenciamento de questões relacionadas às taxas de câmbio. Sua opinião profissional é a premissa e a base para julgar se um país está controlando sua taxa de câmbio. Os Estados Unidos não têm, portanto, o direito de avaliar unilateralmente as taxas de câmbio de outros países. Durante a recente rodada de negociações, o FMI descobriu que a administração da China sobre sua moeda estava amplamente alinhada com os fundamentos econômicos do país. Ao ignorar essa avaliação por uma instituição profissional e rotular a China como um país manipulador da moeda, os EUA quebraram as regras do multilateralismo para obter seus próprios ganhos egoístas. Tal ato típico de unilateralismo e protecionismo comercial reflete o pensamento dos EUA de serem um valentão que não suporta a prosperidade de outros.


Desde o início de agosto, a taxa de câmbio do renminbi (RMB, moeda chinesa) sofreu uma desvalorização devido às expectativas negativas do mercado afetadas pelo unilateralismo e protecionismo comercial, e pelo aumento de tarifas norte-americanas sobre exportações chinesas. Esse é um verdadeiro reflexo da oferta e demanda do mercado e das flutuações no mercado de câmbio.


A China opera um sistema de taxa de câmbio flutuante que se baseia na oferta e na demanda do mercado e com referência a uma cesta de moedas. O mercado desempenha um papel decisivo nesse processo. Como segunda maior entidade econômica do mundo, a China tem agido com responsabilidade e cumprido os compromissos definidos pela cúpula do G20 sobre questões cambiais. Desde 2018, apesar de uma série de ações tomadas pelos EUA que intensificaram a disputa comercial, a China tem insistido em não se envolver em desvalorizações competitivas, nem usará a taxa de câmbio como uma ferramenta para lidar com disputas comerciais.


O motivo de os EUA classificarem a China como “manipuladora da moeda” é manter a pressão sobre o país asiático, para afetar as expectativas do mercado e frustrar a economia chinesa. Porém, tal ação só levará à turbulência do mercado financeiro e prejudicará o comércio internacional e a recuperação econômica global.


O desequilíbrio comercial entre a China e os EUA tem muito a ver com os fatores da parte norte-americana, como por exemplo, a falta de poupança doméstica, as restrições às exportações de alta tecnologia para a China e o papel do dólar como moeda de reserva cambial. Os Estados Unidos deveriam se concentrar em resolver seus próprios problemas estruturais, em vez de buscar vantagens comerciais injustas acusando os outros de serem manipuladores de moeda.


Tradução: Li Jinchuan

Revisão: Gabriela Netto

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