CIIE constitui plataforma para exibir produtos competitivos do Brasil
A primeira Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, sigla em inglês) será realizada entre os dias 5 e 10 de novembro em Shanghai. A organização do evento demonstra a determinação do governo chinês de apoiar o livre comércio, além de abrir novos canais para a cooperação econômica e comercial entre os países participantes. Os expositores do Brasil consideram em geral que a exposição constitui uma plataforma para mostrar os produtos brasileiros mais competitivos, oferecendo um alicerce para as empresas brasileiras entrarem no mercado chinês.
Como um dos organizadores da delegação brasileira para a CIIE, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) convidou mais de 70 empresas para Shanghai, abrangendo diversas áreas como alimento, serviços, equipamentos médicos e produtos de consumo. O vice-presidente da Federação, José Ricardo Coelho, afirmou que a CIIE oferece uma oportunidade para empresas brasileiras conhecerem de perto o mercado chinês.
“Nós estamos levando empresas, algumas bastante grandes, e empresários para conhecer um pouco mais a China e os empresários chineses, para buscar oportunidades de negócio com a China, também aprender um pouco mais os hábitos chineses, a cultura chinesa, e que tipo de produto que eles consomem.”
Na opinião de Coelho, a China é um país populoso, sua economia mantém um crescimento rápido e seu mercado possui grande potencial. Segundo ele, apesar do conflito comercial entre a China e os Estados Unidos, as empresas brasileiras não suspenderão seus passos de entrar no mercado chinês.
“Acho que o mercado internacional não pode ser feito em cima de briga, mas tem que ser feito em cima de entendimento entre os países. O Brasil quer se aproximar, quer tornar um parceiro confiável, um fornecedor quer seja reconhecido no mercado chinês. Acho que o papel nosso dentro dessa feira é muito mais o de melhorar as relações.”
Coelho diz ver com bons olhos a perspectiva das empresas brasileiras no mercado chinês. Mas admitiu não ser fácil para as empresas estrangeiras se integrarem ao mercado chinês. Ele afirma que a realização da CIIE ajuda a superar essas dificuldades.
“Acho que, para nós, em primeiro lugar, é a distância, e depois, as dificuldades culturais. Você tem a questão de como se faz negócios, questão de hábitos, questão de que tipos de produtos são consumidos. E esse tipo de exposição pode encurtar a distância que existe entre o Brasil e a China.”
Nos próximos cinco anos, a China vai importar produtos e serviços em um valor total superior a US$ 10 trilhões, constituindo uma oportunidade histórica para empresas estrangeiras entrarem no grande mercado chinês. Coelho considera que a indústria alimentar brasileira obterá, com certeza, resultados satisfatórios na CIIE e também no mercado chinês.
tradução: Shi Liang
edição: Rafael Fontana