Comentário: Eleições democráticas de hoje se tornam ferramenta de republicanos e democratas para seus próprios interesses privados
Segundo relatos da agência de notícias britânica Reuters publicados em 28 de maio, os republicanos no Senado dos Estados Unidos impediram a criação de uma comissão bipartidária que seria responsável de investigar o ataque ao Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021. Após a votação, o líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, acusou os republicanos de “impedir o povo americano de saber a verdade”.
Esse confronto agudo entre republicanos e democratas nos Estados Unidos já se tornou uma situação permanente. Isso se deve principalmente aos abusos fundamentais do sistema político americano.
Por exemplo, de acordo com o sistema, democratas e republicanos devem determinar os candidatos presidenciais por meio de um procedimento primário interpartidário. Por causa das desvantagens desse sistema pré-eleitoral, as posições dos candidatos tornaram-se cada vez mais extremas, resultando em cada vez menos consensos entre os dois partidos e as brechas sociais aumentaram.
Outro exemplo é a divisão de constituintes. O partido que for superior no Congresso estadual fará divisão no maior número possível dos chamados "eleitorados seguros", que sejam favoráveis aos seus próprios candidatos. Quanto mais "distritos eleitorais seguros" houver, menos haverá "distritos eleitorais flutuantes". Isso leva a uma queda acentuada na competição nos distritos eleitorais.
O resultado direto do agudo confronto entre republicanos e democratas é que nomeações para cargos importantes e leis importantes não podem ser aprovadas. Haverá até uma paralisação do governo. Precisamente por causa dos males do sistema político americano e sob a manipulação dos políticos do país, as eleições democráticas continuam a se abster da essência de expressar e respeitar plenamente a vontade do povo e se tornaram uma ferramenta dos dois partidos para buscar seus próprios interesses privados.
tradução: Shi Liang
revisão: Diego Goulart