“Ouro negro” imperdoável

O poeta inglês William Shenstone disse certa vez que “a guerra derrama o sangue de muitos, mas enriquece poucos”. O atual conflito na Ucrânia se tornou uma oportunidade para o complexo militar-industrial dos EUA fazer fortuna.

Franklin Spinney, ex-funcionário do Departamento de Defesa dos EUA, escreveu que o complexo militar-industrial dos EUA usou o conflito russo-ucraniano para incitar temores sobre a Rússia a fim de aumentar seus gastos com armas e que “desde seu início tem sido comemorado silenciosamente com champanhe no Pentágono, na rua K onde se concentram as empresas de lobby em Washington, no complexo militar-industrial e em todo o Capitólio”.

Não apenas o complexo militar-industrial, mas também as prisões privadas dos Estados Unidos fizeram sua fortuna tolhendo outros de suas vidas e violando seus direitos humanos. Em 2019, o sistema de justiça dos EUA deteve cerca de 2,1 milhões de pessoas, com mais de 100 mil delas em prisões privadas. As três maiores gigantes das prisões privados, CCA (Corrections Corporation of America), The GEO Group, Inc. e MTC (Management and Training Corporation) têm lucros anuais superiores a US$ 5 bilhões. Cada centavo que eles ganham vem da violação dos direitos humanos dos detidos.

tradução: Shi Liang

revisão: Diego Goulart