Chancelaria chinesa: intenção dos EUA de se colocar acima de outros para servir aos seus interesses não tem mercado
A 9ª Cúpula das Américas e os eventos concernentes serão realizados em Los Angeles, nos Estados Unidos, entre os dias 6 e 10 de junho. Washington declarou em várias ocasiões que não convidará Cuba, Venezuela e Nicarágua. Já o presidente venezuelano, Nicolás Maduro Moros, rebateu dizendo que mais de 25 países latino-americanos e caribenhos protestaram publicamente contra esse comportamento discriminatório da Casa Branca e apelaram pela participação de todo os Estados das Américas.
Requisitado para fazer um comentário na coletiva desta segunda-feira (6), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou que o chamado critério de democracia dos EUA que exclui Cuba, Venezuela e Nicarágua da Cúpula provoca insatisfação e questionamento dos países latino-americanos e caribenhos, demonstrando que o pensamento de “doutrina Monroe” e a manipulação do conceito democrático pela parte norte-americana para fazer intervenção e separação jamais funcionarão e a intenção de Washington de se colocar acima de outros países para os intimidar e servir aos “próprios interesses dos EUA” não tem mercado.
“Queria enfatizar o fato de que a América Latina não é quintal ou pátio dos Estados Unidos e a Cúpula das Américas não é a cúpula dos Estados Unidos”, disse Zhao. O diplomata chinês apontou que Washington, como anfitrião, deve parar com suas ações arrogantes e hegemônicas, dar o devido respeito aos países latino-americanos e caribenhos e escutar humildemente as preocupações legítimas e as vozes justas da maioria dos países da região, para que esta Cúpula realmente se concentre nos interesses comuns da agenda regional, promova a solidariedade e a cooperação e melhore o bem-estar de seus povos.
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Erasto Santo Cruz