Comentário: após 100 dias de posse, o governo de Biden ainda não tem um conhecimento correto sobre a China
O presidente estadunidense, Joe Biden, publicou na quarta-feira (28) um discurso no Congresso ao completar 100 dias de posse. Falando das relações com a China, Biden tomou uma posição dura atacando a China acusando-a de aplicar políticas comerciais injustas, e ainda alegou que os EUA devem manter uma presença militar forte no Índico-Pacífico e defender seu dever de proteger os direitos humanos e a liberdade.
“Concorrência, cooperação e confronto” foi o princípio das relações com a China reafirmado pelo governo de Biden. No entanto, três meses depois, o confronto foi obviamente mais importante do que as outras partes. O atual presidente estadunidense continuou com o objetivo estratégico de reprimir a China estabelecido pelo seu antecessor, mudando apenas algumas maneiras concretas, por exemplo, conclamar novamente o multilateralismo. Contudo, a intenção verdadeira é procurar aliados para construir um "círculo de contenção para a China".
Na área econômica, o governo de Biden aplicou novas sanções contra as empresas chinesas de ciência e tecnologia. Na área política, Washington fez provocações frequentes nas questões relacionadas a Xinjiang, Hong Kong e Taiwan. Na área militar, a parte estadunidense alegou que a China é uma grande ameaça, reforçando o Dioálogo Quadriladeral de Segurança (Quad) e organizando o exercício no Mar do Sul da China. Até mesmo em construção de infraestrutura nacional, o governo estadunidense se comparou com a China, dizendo exageradamente que há: "perigo dos EUA ficarem atrás da China".
Embora tenha trocado de dono, a Casa Branca continua não tendo conhecimento correto sobre a China, não aceita o desenvolvimento do país e acha erroneamente que o país asiático tem a meta de superar os EUA e mudar a ordem internacional chefiada pelo Ocidente. Por isso, Washington defende o confronto ideológico e não hesita em arrastar o mundo para uma "nova guerra fria", o que pode trazer um perigo a nível global.
O objetivo de desenvolvimento da China não tem nada a ver com superar os EUA, mas superar a si própria, para seu povo levar uma vida melhor. Washington necessita conter a tendência de escalada de confrontos e voltar ao caminho de cooperação e concorrência saudável. Assim como disse o ex-secretário de estado, Henry Alfred Kissinger, os EUA devem estudar a coexistência com um país gigante como a China.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Erasto Cruz