Comentário: enfrentamento das mudanças climáticas não deve ser pauta geopolítica
Na recém cúpula realizada entre a China, França e Alemanha, o presidente chinês, Xi Jinping, disse que o enfrentamento das mudanças climáticas é uma causa comum de toda a humanidade e não pode se tornar uma pauta para questões geopolíticas.
Tal afirmação é muito instigante. Nos últimos anos, o unilateralismo e a politização da pandemia já causaram grandes problemas para o mundo. A mudança climática é uma questão de interesse para o futuro da humanidade e a comunidade internacional precisa tomar uma atitude muito responsável.
Nesta cúpula realizada por videoconferência, o presidente chinês, Xi Jinping, o presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, concordaram em insistir no multilateralismo e ter o Acordo de Paris como forma para estabelecer, em conjunto, um sistema de governança climática global justo, razoável e de cooperação ganha-ganha. Este é um consenso muito importante tanto para a China e a Europa, como para o mundo inteiro.
Dias atrás, o Japão decidiu despejar as águas residuais nucleares do acidente da usina nuclear de Fukushima no oceano. Tal comportamento sofreu fortes críticas do mundo todo. O relator especial das Nações Unidas sobre direitos humanos e meio ambiente, David Boyd, disse que isso poderá causar riscos para a humanidade e o meio ambiente por mais de 100 anos.
No entanto, Washington ficou calado sobre o egoísmo de Tóquio. A razão é bem simples, para os EUA, o Japão é um importante peão no jogo contra a China.
Na Assembleia Geral da ONU em setembro do ano passado, Xi Jinping declarou o cronograma para alcançar o pico de carbono e a neutralidade de carbono na China. Nesta cúpula, ele revelou que o país já decidiu aceitar a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal e vai diminuir a emissão das substâncias, além do dióxido de carbono, que causam também o efeito estufa. Para tratar as questões acerca das mudanças climáticas, a China não só fez compromissos, como também adotou medidas concretas.
Na história, o volume de emissões de carbono dos EUA e dos países europeus ultrapassou a metade da emissão total. Os países desenvolvidos devem desempenhar um papel exemplar na redução das emissões de poluentes e oferecer mais apoio financeiro e tecnológico para os países em desenvolvimento.
A raiva da natureza é insuportável para o ser humano. Este é o momento para mostrarmos nossa sinceridade e responsabilidade.
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Gabriela Nascimento