Comentário: De que tipo de globalização o mundo precisa?
Há algum tempo, algumas pessoas usavam a disseminação da pandemia no mundo como desculpa contra a globalização econômica. Mas, o fato é que para controlar a pandemia deve-se depender da globalização. Em um discurso proferido na reunião da Agenda de Davos do Fórum Econômico Mundial, o presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a globalização econômica é uma necessidade objetiva do desenvolvimento da força produtiva e um resultado inevitável do progresso científico e tecnológico. “Promover a desglobalização a pretexto da pandemia não corresponde ao interesse de nenhuma parte”, declarou o presidente chinês.
Há quatro anos, Xi Jinping afirmou claramente no seu primeiro discurso em Davos que a globalização econômica realmente trouxe novos problemas, mas não pode ser negada só por isso. Após o surto do Covid-19, fica evidente que a pesquisa da vacina precisa da cooperação de cientistas globais, a sua distribuição necessita de uma rede de logística mundial, e a recuperação econômica depende da retomada das cadeias industriais e de suprimento global. Já é consenso internacional que a globalização é uma tendência irreversível.
Hoje, frente aos novos desafios trazidos pela pandemia e pelas mudanças na comunidade internacional, as pessoas discutem sobre o tipo de globalização que o mundo precisa. “Vencer a lacuna entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento e promover em conjunto o desenvolvimento e a prosperidade de todos”, as palavras de Xi Jinping forneceram a resposta da China.
Um relatório publicado recentemente pelo Fórum Econômico Mundial indica que a pandemia não só deixou milhões de mortes, como também agravou a lacuna global entre ricos e pobres e a polarização social.
Obviamente, uma globalização mais aberta e inclusiva é o que o mundo necessita hoje, pois ela pode ajudar na redução das clivagens entre Norte e Sul, e deixar mais países em desenvolvimento na rede econômica global, além de ajudar pessoas a receberem assistência médica e garantirem seus empregos enquanto enfrentam desafios da saúde pública.
Como um firme apoiador da globalização econômica, a China tem se empenhando para isso.
Até o momento, a China já forneceu auxílio na luta contra a pandemia a mais de 150 países e 13 organizações internacionais e enviou 36 equipes médicas. O país também apoia e participa ativamente na cooperação internacional de pesquisa de vacina. A China sempre insiste na política de abertura e defende a operação estável das cadeias industriais e de suprimento global. A iniciativa chinesa do Cinturão e Rota está impulsionando o desenvolvimento conjunto de todos os países.
Claro, a criação de uma globalização mais aberta e inclusiva não deve depender apenas de alguns países, em vez disso, deve ser consenso mundial com o abandono dos critérios, regras e sistemas discritivos e exclusivos, e da barreira comercial, tecnológica e de investimento. É importante fornecer o apoio necessário aos países em desenvolvimento, proteger os interesses legítimos deles e promover a igualdade de direito, oportunidade e regras.
Tradução: Florbela Guo
Revisão: Gabriela Nascimento