Medicina tradicional chinesa oferece assistência ao combate da COVID-19 do Brasil
Em uma praça em São Paulo, no Brasil, alguns médicos chineses estão praticando Baduanjin, um exercício respiratório tradicional da China que faz bem à saúde. A atividade atraiu muitos cidadãos locais.
Esses médicos são do Hospital Afiliado da Universidade de Medicina Tradicional Chinesa (MTC) de Gansu (noroeste da China). Em setembro de 2019, a Base de Cooperação Internacional China-Brasil de Produtos da Medicina Chinesa, estabelecida pelo hospital, entrou oficialmente em operação em São Paulo.
A base, segundo Pang Yan, diretora do departamento para comunicação internacional do hospital, não só fornece para o povo brasileiro os tratamentos específicos da medicina chinesa, mas também algumas terapias específicas, como acupuntura e ventosaterapia.
"Essa teoria sistemática que visa um modo saudável de viver e prevenção de doenças tem atraído mais entusiastas brasileiros, por influência dos residentes japoneses e chineses no local", apontou ela.
Desde o início da pandemia no país, os quatro médicos chineses do hospital no Brasil tiveram que adiar seu retorno à China.
"Nós realmente queremos voltar à nossa pátria e nos reunirmos com nossa família. Mas como médicos, em nossos corações, o combate à epidemia não conhece fronteiras", disse Zhou Qiang, médico-chefe da base.
Para que os brasileiros percebam a importância da prevenção da epidemia, Zhou Qiang e seus colegas produziram uma série de vídeos para apresentar em detalhes as maneiras corretas de usar máscaras, o efeito da medicina chinesa no tratamento da COVID-19, além dos hábitos de higiene diária para prevenção de doenças.
"Recebemos resultados positivos, com mais e mais brasileiros e chineses locais vendo os vídeos", revelou Zhou, acrescentando que a base estava oferecendo tratamento online para servir melhor aos locais.
Sendo lar de abundantes matérias-primas da medicina herbária chinesa, Gansu é uma das maiores bases de produção de medicinas chinesas. Desde o lançamento da Iniciativa do Cinturão e Rota, a província estabeleceu oito faculdades e seis centros de MTC na Ucrânia, Quirguistão, França, Hungria, Nova Zelândia e outros países, com foco no treinamento de médicos estrangeiros de MTC para promovê-la em países e regiões ao longo do Cinturão e Rota.
Pang concluiu: "Esperamos que, através das nossas apresentações e tratamentos médicos padronizados, os brasileiros tenham um entendimento claro da cultura da medicina chinesa e se identifiquem com a eficácia da MTC. Com mais esforços, este trabalho fará progressos substanciais e beneficiará mais pessoas no combate à epidemia."