Estudo demonstra que coronavírus descoberto na Itália no início da epidemia não foi levado da China
Pesquisadores em Milão recolheram, entre fevereiro e abril, mais de 300 amostras sanguíneas dos pacientes com Covid-19 na região da Lombardia, rastreando a origem dos vírus com base nas alterações genéticas. A região é onde os primeiros casos confirmados da doença foram identificados em países ocidentais. O estudo demonstra que os primeiros coronavírus que se propagaram na Itália não têm origem direta na China. A notícia foi publicada nesta quarta-feira (22) no o site do jornal South China Morning Post.
Segundo o estudo chefiado pelo professor catedrático da Universidade de Milão, Carlo Federico Perno, os vírus pertencem a duas famílias independentes e cada um desempenha um papel dominante em algumas províncias italianas. Contudo, a pesquisa revelou que o tipo de vírus identificado no início do surto na China não é um deles.
De acordo com o novo estudo, podem existir “vários canais” pelos quais o coronavírus foi disseminado até à Lombardia. A Europa Central foi identificada como uma origem possível, em razão de que vírus com mutações semelhantes foram descobertos nesta parte do mundo.
Tradução: Joaquina Hou
Revisão: Diego Goulart