Comentário: combate contra a epidemia

Fonte: CRI Published: 2020-01-23 21:18:03
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As autoridades da cidade de Wuhan, província de Hubei, anunciaram na madrugada desta quinta-feira (23) que os canais de saída dos aeroportos e estações ferroviárias locais foram fechados a partir das 10h do mesmo dia. O transporte público também foi suspenso, além de ter sido requisitado aos cidadãos para que não saiam da cidade sem razões específicas.

Trata-se de uma medida de isolamento tomada de maneira decisiva, com base na análise da situação epidêmica. As providências visam conter efetivamente a propagação do vírus, frear o surto e garantir a saúde e segurança do povo. Além disso, a medida reforça a segurança da saúde pública global, demonstrando a responsabilidade da China com todo o mundo.

A pneumonia causada pelo novo coronavírus (2019-nCoV), primeiro descoberto em Wuhan, continua se disseminando nos últimos dias. Até as 24h desta quarta-feira (22), foram reportados 571 casos em 25 regiões de nível provincial, três casos em Hong Kong, Macau e Taiwan e seis casos no exterior. A maioria dos casos confirmados ocorreram em Wuhan, enquanto que os descobertos em outros locais tiveram algum contato com a cidade. A escolha frente ao governo chinês é difícil, mas clara: é necessário interromper a disseminação do vírus imediatamente, a fim de refrear o surto.

A metrópole de Wuhan é o maior centro de transportes no coração da China. A suspensão de seus canais para viajar para fora foi uma resolução dura. O governo chinês tomou esta decisão com juízo e coragem por que a prioridade reside no controle do vírus, pois a proteção da segurança e saúde da população está acima de tudo.

Vários países já se utilizaram da medida de isolamento durante a história ao combater epidemias. Por exemplo, em 2014, Guiné, Serra Leoa e Libéria anunciaram o estabelecimento de uma faixa de isolamento em sua fronteira compartilhada com a finalidade de conter a propagação do vírus do ébola. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que as ações da China são “fortes”. Segundo ele: “É importante que adotem medidas próprias de acordo com a situação”.

Tradução: Joaquina Hou

Revisão: Erasto Santos Cruz

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