Congresso do PCCh esclarace políticas e desempenho global da China, diz ex-presidente austríaco

    O 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) tomará decisões que são importantes não apenas para o povo chinês, mas também para os outros países, disse o ex-presidente austríaco Heinz Fischer.

　 "Para mim, uma coisa é óbia: após a conclusão do evento, uma imagem mais clara do papel da China no mundo e da política chinesa, tanto interior quanto exterior, será feita", disse Fischer à Xinhua em uma entrevista escrita.

　 O 19º Congresso Nacional do PCCh foi aberto em 18 de outubro em Beijing, capital da China. o presidente chinês Xi Jinping apresentou, diante de mais de 2,3 mil delegados selecionados entre os 89 milhões de membros do Partido, um plano de desenvolvimento de duas fases para o país.

　 Fischer assinalou que o presidente Xi, em seus primeiros cinco anos como líder do PCCh e do Estado, propôs iniciativas importantes de grande importância nacional e internacional.

　 Do lado interno, Xi liderou uma luta feroz contra a corrupção e impulsionou a transformação da estrutura econômica do país para o desenvolvimento sustentável, segundo Fischer.

　 Em termos globais, a China lançou a Iniciativa do Cinturão e Rota, disse ele, acrescentando que é o maior projeto de infraestrutura na história.

　 A Iniciativa do Cinturão e Rota, proposta por Xi em 2013, visa promover o comércio, a integração financeira, a interconectividade das infraestruturas e os intercâmbios pessoais ao longo e para além das rotas comerciais da antiga Rota da Seda, ligando a Ásia com a Europa e a África.

　 A iniciativa é cada vez mais considerada positiva na Europa, pois muitos países mostram o desejo de participar, disse o ex-presidente austríaco.

　 Ao mesmo tempo, a China está fazendo esforços para construir um sistema de comércio mundial justo no qual todos os participantes compartilham melhor as oportunidades do mercado, acrescentou.

　 É certo que a China está caminhando cada vez mais para o centro do palco mundial, comentou Fischer.

　 Lembrando suas dez viagens à China desde 1974, Fischer disse que sua maior impressão da China é o desenvolvimento tremendamente rápido que a China alcançou nas últimas décadas.

　 Ele disse acreditar que "há um modelo econômico e social específico e chinês que produziu enormes êxitos durante os últimos 30 anos."

　 Nos próximos anos, segundo Fischer, a China continuará enfrentando desafios como problemas ambientais e diferença de renda, portanto, é muito importante garantir que esses desequilíbrios não aumentem mais.

　 Em seu comentário sobre a tomada de decisão da liderança do PCCh, Fischer disse que isso mostra que eles seguem os princípios do Marxismo e as tradições da história e cultura chinesas, como o Confucionismo, a consciência da grandesa nacional e a necessidade para preservar a união do país.

　 Além disso, eles tentam aproveitar as vantagens da economia de mercado para a própria economia enquanto fortalecem os elementos socialistas na sociedade, finalizou. 

 (Xinhua)