Especialista brasileiro enaltece significado histórico do 19º Congresso Nacional do PCCh
“O 19o Congresso Nacional do PCCh dará início a um novo ciclo político que será marcado pela celebração dos 100 anos de fundação do Partido, em 2021,” escreveu em artigo o professor e coordenador do núcleo de estudos Brasil-China da Escola de Direito da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro, a FGV Direito Rio, e professor e coordenador do núcleo de estudos dos países BRICS da Universidade Federal Fluminense (UFF), Evandro Menezes de Carvalho, pela ocasião da abertura do 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh).
Carvalho afirma no artigo que, nos últimos cinco anos, o PCCh tem liderado o povo chinês a enfrentar os desafios para concretizar os objetivos de desenvolvimento. “A busca do ‘sonho chinês’, conceito evocado por Xi Jinping logo nos primeiros dias de seu mandato, mobilizou a população para a realização dos desejos de segurança econômica e bem-estar social, juntamente com o sonho de grandeza da nação”, escreveu Carvalho. “O ‘sonho chinês’ foi, também, um chamado para o despertar da criatividade em prol da inovação. Há, ainda, um novo diálogo entre o que há de melhor da tradição chinesa com o que há de melhor em sua modernidade. Os valores confucionistas são revisitados e adaptados aos novos tempos, jovens começam a se interessar orgulhosamente por aspectos da cultura chinesa e descobrem nisto uma forma de dar novo significado aos desafios do presente, enquanto os idosos vão se familiarizando e usufruindo dos benefícios das novas tecnologias.”
Carvalho menciona que, desde a nomeação como Secretário-Geral do Partido, Xi Jinping tem promovido reformas em áreas importantes da economia nacional, estabelecido diretrizes e preparado o país para assumir um maior protagonismo no plano internacional.
Ele destaca no texto que, enquanto alguns países defendem o protecionismo, a China defende maior abertura comercial; enquanto alguns países defendem a construção de um muro de separação, a China promove a conectividade da Ásia com a iniciativa Um Cinturão e Rota; enquanto alguns países ameaçam resolver conflitos com “fúria e fogo”, a China urge pelo diálogo. “Xi Jinping tornou-se o fiador da estabilidade da ordem internacional e a maior liderança política mundial,” escreveu Carvalho.
“A ascensão da China impõe retomar seriamente o diálogo sobre os modelos de governança e os êxitos e debilidades do capitalismo e do socialismo no mundo, bem como as suas perspectivas de futuro para este século 21. O 19o Congresso Nacional do Partido e a proximidade do centenário do PCCh serão a ocasião perfeita para dar início a este debate”, define Cardoso no artigo.