Valdemar Rodrigues instala laboratório chinês na África para combater o Covid
Com 24 anos de idade, o jovem angolano Valdemar Rodrigues já vive na China há 6 anos. Graduado em biotecnologia por uma universidade chinesa, ele juntou-se à empresa BGI Genômica e trabalha como cientista aplicado no laboratório Huo-Yan, projeto destinado à realização de testes de ácido nucléico. No ano passado, quando o continente africano começou a registrar casos do novo coronavírus, ele e seus colegas chineses foram enviados para vários países da África, incluindo Angola, e por 7 meses ajudaram no combate à epidemia.
Os desafios chegaram um após o outro. Além da questão da comunicação nos países de língua francesa, como Gabão e Togo, a equipe precisava passar por quarentenas rigorosas em cada país e evitavam ao máximo o contato com a população local para garantir a biossegurança. Em Luanda, Valdemar Rodrigues não conseguiu ter tempo para visitar a mãe e os irmãos. Mas todos os familiares se sentiram orgulhosos do seu trabalho.
Até a ministra angolana da Saúde, Silvia Lutucuta, ligou para o jovem para falar sobre a instalação dos laboratórios Huo-Yan no país. Assim, ele assumiu mais a responsabilidade e agiu como ponte de comunicação na parceria entre o ministério da Saúde e a BGI. Mais tarde, foi premiado pelo governo como o “jovem angolano revelação”.
“Estudar na China foi uma das melhores decisões que tomei em toda a minha vida”, contou Valdemar, lembrando que sue nome chinês é “Peng He”, dado pelo professor no primeiro ano de curso de mandarim, significa amizade e paz. Por experiência própria, ele sente que a pareceria econômica e social entre Angola e a China tem sido uma das melhores. “Isso também foi constatado mais claramente nessa fase da pandemia, em que a China acabou doando bastante equipamentos e enviando médicos chineses, junto com os profissionais locais, para que combatessem o Covid-19”, resumiu.