Os fabricantes de equipamentos de telecomunicações da China esperam investir mais nas redes de terceira geração da telefonia celular (3G) do Brasil. A crise econômica mundial trouxe a necessidade de que as grandes operadoras brasileiras buscarem alternativas no mercado internacional de fornecedores.
Apesar de estarem no mercado há menos tempo, os chineses souberam aproveitar a oportunidade.
A Huawei fechou contratos de infraestrutura com quase todas as operadoras. No ano passado, o faturamento foi de US$ 1 bilhão no Brasil, quase o dobro do que havia faturado em 2007.
A ZTE, concorrente chinesa da Huawei, não ficou para trás. Em março, conseguiu uma linha de crédito de US$ 15 bilhões do Banco de Desenvolvimento da China, com um contrato de cinco anos, e vai aplicar US$ 2 bilhões no Brasil, para financiar clientes locais.
"O aperto econômico beneficiou nossa estratégia de baixo custo", afirmou o diretor da ZTE para a América Latina, Eric Zhou Hongfeng.