Impulsionar a cooperação sino-brasileira para mais um novo patamar
No momento em que falta pouco tempo para eu desembarcar no território do Brasil, estou na grande expectativa de visitar mais uma vez este longínquo mas extraordinariamente fascinante país.
O Brasil é um país amigo bastante conhecido e apreciado pelo povo chinês. Na China, as majestosas paisagens do Rio Amazonas e das Cataratas do Iguaçu são imprimidas nos livros didáticos das escolas secundárias, muitas pessoas são familializadas com os diálogos indeléveis da telenovela brasileira Escrava Isaura, fãs esportivos encantam-se com o requintado futebol da América Latina, e amantes de arte e literatura elogiam extremamente a dança de samba e os romances do Paulo Coelho.
12 anos têm transcorrido desde minha última visita ao Brasil. Nessa época, o desenvolvimento sócio-econômico do Brasil avançou a um ritmo vertiginoso. Com a subida do PIB do 15° lugar para o 7° do mundo, mais de 40 milhões de pessoas entraram na classe média. Tais conquistas brasileiras chamaram atenção de todo mundo que prevê uma prespectiva ainda mais promissora no futuro.
Através minha visita, espero consolidar ainda mais a tradição da amizade sino-brasileira, promover a cooperação de benefício recíproco e ganho compartilhado, e estimular o intercâmbio e aprendizagem mútua entre a China e a América Latina.
No contexto da fraca recuperação econômica global de hoje, tanto a China como o Brasil percebem que só com a promoção da reforma estrutural no próprio país e a intensificação da cooperação internacional no palco mundial, será possível manter a tendência de crescimento saudável, superar a armadilha da renda média e concretizar o aperfeiçoamento e desenvolvimento da economia.
A China e o Brasil, com grande complementaridade econômica, enorme potencialidade de cooperação e ampla perspectiva do mercado, são, nesse sentido, parceiros naturais.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil, enquanto o Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina. Apesar da grande volatilidade dos preços internacionais de commodities, a demanda vultosa desses produtos pela China será mantida no longo prazo. Soja e açucar do Brasil já ocupam respectivamente 45% e 60% da importação chinesa dos dois produtos, mas ainda têm espaço para aumentar. Enquanto produtos de alto valor agregado como jatos regionais da família ERJ são muito acolhidos pelas empresas chinesas de aviação civil, a China quer exportar trens de metrô, embarcações e outros equipamentos avançados ao Brasil, fazendo com que o comércio bilateral seja destacado pela transação de produtos vantajosos e beneficie mais os dois povos.
A China e o Brasil dispõem de boa base industrial e têm acumulado valiosas experiências na procura do caminho de modernização. Contando com extraordinária vocação de recursos naturais, a construção de infraestrutura de grande escala do Brasil ainda precisa de grande quantidade de materiais de construção, máquinas e equipamentos. Como empresas chinesas têm ricas experiências na engenharia e gerência e avançadas tecnologias na fabricação de equipamentos, o investimento chinês no Brasil para instalação de fábricas e o uso de materiais locais para produção é algo classificado como combinação de vantagens. A parte chinesa deseja participar dos grandes projetos brasileiros como a construção de malha ferroviária de cargas e redes de eletricidade e telecomunicação, promover, junto com a parte brasileira, cooperação de cadeia produtiva na construção naval, indústria petroquímica, exploração de petróleo e gás, entre outras. Quando as duas partes tiram pleno proveito das respectivas vantagens comparativas, abrirão um novo caminho de cooperação internacional de capacidade produtiva e fabricação de equipamentos.
Para promover a cooperação industrial e de investimento, é necessário aproveitar melhor o papel de suporte do serviço financeiro. As duas partes podem estudar a instalação recíproca de mais sucursais bancárias e outras instituições financeiras, utilizar bem o mecanismo de swap cambial, a fim de dar melhor apoio de financiamento à cooperação das empresas dos dois países. Sendo países emergentes, a China e o Brasil devem intensificar comunicação e coordenação nas organizações como o Novo Banco de Desenvolvimento do Brics e o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura para salvaguardar juntos a estabilidade do mercado de capitais internacionais.
O intercâmbio humanístico contribui para incrementar a compreensão e conhecimento mútuo dos dois povos, e de ponto de vista de longo prazo, promover a aprendizagem e referência recíproca entre as civilizações da China e da América Latina. Hoje, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, as árvores de chá plantadas pelos agricultores chineses no século XVIII continuam a ser verdes. Há pouco tempo, uma moça brasileira cujo nome chinês é Shi Moli destacou-se na "Ponte do Chinês", competição da língua chinesa para universitários de todo o mundo, e sagrou-se campeã. Acreditamos que com a sustentação de profunda afeição entre os povos, a amizade China-Brasil será passada de geração em geração, e renovada com o decorrer do tempo.
A China e o Brasil, os maiores países em desenvolvimento respectivamente nos hemisférios leste e oeste e ambos importantes economias emergentes, além de ter mais de 200 anos de relacionamento amistoso, possuem crescentes interesses comuns e brilhantes perspectivas de cooperação. Sem conflitos fundamentais, os dois países respeitam mutuamente na escolha autônoma do caminho de desenvolvimento, e apoiam-se um a outro nos temas de grande interesse relativo. Com esforços conjuntos das duas partes para consolidar a confiança mútua política no âmbito da Parceria Estratégica Global, inovar e aprofundar constantemente a cooperação em todas as áreas, e emitir a voz única em governança global, mudança climática, segurança cibernética e estabilidade financeira internacional, não apenas podemos impulsionar o próprio desenvolvimento para um nível mais alto, mas como também desempenhar um papel positivo no aprofundamento da cooperação integral entre a China e a América Latina, na melhor salvaguarda dos direitos legítimos dos países em desenvolvimento, e na promoção da recuperação da economia mundial.
推动中巴合作发展再上新台阶
我即将踏上巴西的热土,对再次访问这个远隔重洋却独具魅力的国度充满期待。
巴西是中国人熟悉并喜爱的友好国家。中学的地理教材印有亚马孙河和伊瓜苏瀑布的壮观画面,很多人对《女奴》等巴西电视连续剧的经典台词耳熟能详,体育迷们醉心于精湛的拉丁足球,文艺爱好者对桑巴舞和保罗·柯艾略的小说推崇备至。
我此行距上次到访巴西已有12年,这期间巴西经济社会发展突飞猛进。经济总量从世界第15位跃升至第7位,4000多万巴西人跻身中产。巴西成就举世瞩目,前景广为看好。
我希望通过此访,进一步巩固中巴传统友好关系,推进互利共赢合作,增进中拉文明交流互鉴。
在当前全球经济复苏乏力的背景下,中巴两国都认识到,对内推进结构性改革,对外加强国际合作,内外并举,才能保持良性增长势头,跨越"中等收入陷阱",实现经济升级发展。
中巴经济互补性强,合作潜力大,市场前景广阔,是天然的合作伙伴。
中国是巴西第一大贸易伙伴,巴西是中国在拉美的最大贸易伙伴。近来国际大宗商品价格波动剧烈,但中国对大宗商品的大量需求是长期的。巴西大豆和蔗糖占中国进口总量的45%和60%,中方扩大进口规模仍有空间。巴西高附加值产品ERJ支线飞机受到中国航空公司的欢迎,中国也愿将地铁列车、船舶等先进装备出口巴西,实现优进优出,造福双方民众。
中巴都拥有良好工业基础,都在探索现代化道路上积累了宝贵经验。巴西资源禀赋得天独厚,开展大规模基础设施建设,需要大量建材、机械设备等相关产业。中国企业工程设计和管理经验丰富,装备制造水平先进,在巴投资建厂,就地取材生产加工可谓强强联合。中方愿参与巴西货运铁路网、电网、通信网等重大项目建设,与巴方一道推进造船、化工、油气勘探等领域全产业链合作。双方充分发挥各自比较优势,将走出一条国际产能和装备制造合作的新路。
推进两国产业投资合作,需要进一步发挥金融服务的支撑作用。双方可探讨彼此增设银行等金融分支机构,发挥好双边货币互换机制作用,为两国企业合作提供更好融资支持。中巴作为新兴大国,还可在金砖国家开发银行、亚洲基础设施投资银行等机构内加强沟通协调,共同维护国际资本市场稳定。
人文交流有益于增加两国人民的相互理解和认知,长远看也将促进中拉两大文明间互学互鉴。今天,在里约热内卢植物园里,18世纪中国茶农种下的茶树依然常青。前不久,一位名叫施茉莉的巴西姑娘在世界大学生"汉语桥"中文比赛中脱颖而出,最终夺得总冠军。我们相信,有深厚的民间感情作支撑,中巴友好一定能薪火相传、历久弥新。
中国和巴西分别作为东西半球最大的发展中国家和重要新兴经济体,不仅有着200多年友好交往的历史,更有着不断扩大的共同利益和日益光明的合作前景。中巴没有根本利害冲突,尊重对方自主选择发展道路,在彼此关切的重大利益问题上都能相互支持。只要我们携手努力,在全面战略伙伴关系的框架下巩固政治互信,不断创新和深化各领域合作,在全球治理、气候变化、网络安全以及维护国际金融稳定方面联合发声,不仅可以促进各自实现更高水平发展,也必将对深化中国与拉美整体合作、更好维护广大发展中国家合法权益、推动世界经济复苏发挥积极作用。