Otto Meyer, alemão com 72 anos de idade, é um dos residentes de Dali que vieram de longe. Para este homem que já vive aqui há 12 anos, Dali é uma cidade excepcional pela sua diversidade cultural. "Na província de Yunnan, você convive com muitas minorias étnicas da China. Na minha opinião, os estrangeiros de cá também formam uma minoria étnica. Em Dali, pessoas das etnias bai, yi, hui e naxi vivem em conjunto, e nós, estrangeiros, somos também uma parte dessa comunidade", disse Meyer. Na verdade, segundo os dados do governo local, mais de 1000 estrangeiros já vivem em Dali há mais de um ano.
Quando chegou à cidade, Meyer trabalhou como professor na Universidade de Dali e, mais tarde, abriu uma pastelaria na rua de Yangren, ou melhor, rua dos Estrangeiros na tradução literal. Embora não seja grande, a loja já se tornou muito popular entre os turistas e habitantes locais, após cinco anos de funcionamento.
Há um ano, Meyer e a sua esposa mudaram para Shaxi, uma vila antiga à distância de três horas de carro, da cidade de Dali. "A língua bai tem a sua raiz em Shaxi. Eu compreendo um pouco essa língua, mas ainda não sei falar. Quero aprendê-la e também a música bai", disse o alemão.
Meyer deixou a Alemanha há mais de 20 anos e, desde então, começou a viver em diferentes países do mundo. "Não sei onde fica a minha terra. Se calhar é mesmo aqui na China", concluiu.