José Veroz vem de Sevilla, Espanha. Ele trabalha como gerente do Centro de Manufatura de Materiais Compostos da Harbin Hafei Airbus. Ele disse que Harbin é parecida com sua terra natal, só que "lá a temperatura está em torno dos 40 graus acima de zero, aqui são 40 graus abaixo de zero".
Antes de vir a Harbin, José Veroz nunca tinha ouvido falar da cidade. O frio, além de ser a primeira impressão que teve, é também o maior desafio que ele tem que vencer: "Uma vez, fazia uns 25 graus negativos. Eu andava na rua e tocou o meu celular. Tirei minhas luvas para atendê-lo. Cinco minutos mais tarde, meus dedos estavam congelados."
Até mesmo para o japonês Masataka Minemura, o frio de Harbin é duro demais. Ele é gerente do Itochu em Harbin, uma companhia dedicada à administração de riscos no setor agrícola. No entanto, ele ainda não conseguiu um resultado satisfatório para ajudar Harbin a elevar sua eficiência agrícola desde a fundação da empresa há três anos: "Aqui os funcionários públicos ou a liderança de empresas aceitam nossas sugestões. Mas há uma grande diferença entre as ideias mantidas pelos líderes do segmento e as práticas locais. No início, não sentimos isso. Mas com o desenvolvimento de cada projeto, tivemos que manter contatos com os agricultores locais. Aí descobrimos que a mudança não seria tão rápida."
Como um japonês que trabalha na China, é inevitável para Masataka ser questionado sobre a relação entre os dois países vizinhos. Ao falar disso, ele sempre citou o exemplo do seu filho, que foi criado na China desde pequeno e retornou ao Japão para frequentar a escola secundária há pouco tempo: "Para ele, o Japão parece mais um país estrangeiro. Como seus pais são japoneses, ele é japonês. Mas ele tem um ponto de vista sobre o Japão como uma pessoa de fora. E acho que ele tem uma postura mais justa. Não vejo isso como uma coisa má."
José Veroz terminará o seu período na China em 2014, enquanto o japonês Masataka continua sua luta em Harbin. Suas pegadas estão registradas nesta cidade chinesa.