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Empresas chinesas investem na América Latina com passos firmes
  2014-02-21 15:22:45  cri
Nos últimos anos, as cooperações sino-latino-americanas vêm melhorando. O valor comercial entre as duas partes chegou a US$ 261.2 bilhões em 2012, um aumento de 8.1%. Atualmente a China já se tornou o segundo maior parceiro comercial da América Latina e uma das principais origens de investimento.

Verificam-se duas mudanças principias no investimento das empresas chinesas para os países latino-americanos: primeiro, cada vez mais empresas manufatureiras da China se instalam na América Latina; segundo, as empresas chinesas vêm se adaptando ao sistema local das leis e requerimentos de proteção ambiental, bem como desempenhando mais responsabilidades sociais.

Ao mesmo tempo, o investimento das empresas chinesas na América Latina se estendeu dos negócios dos setores tradicionais nas áreas de energia, minerais, têxtil para as áreas como indústria automobilística, eletrodomésticos, eletrônica, indústria aeroespacial, telecomunicação, etc. Pode-se dizer que os passos do investimento das empresas chinesas vão sendo cada vez mais firmes e terão um futuro próspero.

O investimento no setor de manufactura ajudará na complementaridade dentro das industriais

No início deste mês, a empresa automobilística chinesa Foton e a fabricante norte-americana de motores Cummins assinaram um acordo de projeto de caminhões pesados no Brasil. Além de exportar carros de montagem acabada, a Foton também está se preparando para estabelecer duas fábricas de autopeças no Brasil.

A Foton não é o único caso de investimento no Brasil. Ao mesmo tempo em que as grandes estatais chinesas como PetroChina, Sinopec, Chalco e State Grid aumentaram os seus investimentos neste continente, uma série de marcas chinesas de manufatura, tais como Great Wall, Chery, Gree, JAC, Hafei, Sany etc., já começaram a abrir suas fábricas na América Latina.

O gerente-geral de Saco Mia para a região do Rio de Janeiro, Rogério, afirmou que 70% dos produtos exportados pelo Brasil são matérias-primas, enquanto 90% dos produtos industriais do país são importados, dos quais a maior parte vem da China. Nos últimos anos, algumas marcas chinesas de carros privados, como a JAC, Lifan e Chery, instalaram fábricas no Brasil, o que ajudará no melhoramento da estrutura industrial do país.

A integração da indústria manufatureira chinesa na América Latina não só vai fornecer mais postos de trabalho como também vai aumentar o nível da indústria manufatureira local. O diretor do departamento das Relações Internacionais da Universidade das Índias Ocidentais de Trinidad e Tobago, Whitfield,disse que além de distribuir mais postos de trabalho, as empresas chinesas podem trazer tecnologias mais avançadas e produtos de melhor qualidade para os países latino-americanos e caribenhos.

O professor do Centro de Estudos sobre a Supervisão do Mercado da Universidade de Brasília, Neanderthal, considerou que as empresas chinesas têm mais experiências em administração e melhores capacidades na inovação das tecnologias e são mais competitivas no mercado. Elas também ofereceram melhores condições de investimento para os governos latinoamericanos , o que complementam os desenvolvimentos das indústrias do Brasil e de toda a região da América Latina.

Segundo as informações obtidas pelo jornalista, o Fundo de Cooperação Sino-Latino-Americana já se iniciou no ano passado, o que pode impulsionar mais investimentos de empresas chinesas nesta região. As instituições financeiras chinesas lançarão US$5 bilhões para o fundo no primeiro período. Ao mesmo tempo, os capitais dos países latino-americanos são bem-vindos na construção do fundo e no investimento conjunto dos projetos de cooperação bilateral nas áreas de indústria manufatureira, tecnologia sofisticada e desenvolvimento sustentável etc.

Padronizar os comportamentos das empresas para obter uma boa reputação

Ao mesmo tempo em que a América Latina se desenvolve, as empresas chinesas põem cada vez mais peso na proteção ambiental e no desenvolvimento sustentável, bem como no cumprimento de suas responsabilidades sociais, o que chamou a atenção internacional.

Segundo um relatório de pesquisa recentemente publicada pelo Instituto Britânico de Meio Ambiente e Desenvolvimento Global, as empresas chinesas que exercem atividades de negócios e investimento na América Latina estão colocando a sustentabilidade numa posição mais alta. O autor principal do relatório, Emma Blackmore, afirmou que os comportamentos padronizados das empresas chinesas encaixam nos critérios internacionais, o que contribuirá para a elevação da reputação e influência ão na América Latina.

O relatório refere-se ao projeto de exploração da Chalco nas minas de cobre de Toromocho, no Peru, e considera que a Chalco tem mostrado uma boa atitude nas negociações de mudança dos habitantes locais. Desde que fez a aquisição do projeto de cobre de Toromocho em 2007, a empresa chinesa tem cumprido suas responsabilidades sociais. A Chalco construiu, por exemplo, a Fábrica de Tratamento de Esgoto Kingsmill, uma ação que resolveu o problema de poluição da água que incomodou o governo e os habitantes locais durante quase 80 anos. Essa ação, ao mesmo tempo, forneceu mais postos de trabalho. Ademais, a Chalco ainda construiu uma nova cidade para os habitantes que se mudaram. Até ao momento, 92% da população já escolheu casas e cerca de 80% concluiu a mudança.

O relatório mostrou que a maioria das empresas chinesas consegue adaptar-se rapidamente ao sistema local da proteção ambiental e exerce também os regulamentos do governo chinês para as empresas chinesas que investem no estrangeiro. Esses regulamentos garantem que as empresas chinesas possam se instalar na América Latina.

Cumprir as leis locais aumentará a influência

Muitos entrevistados acham que com a transformação da estrutura econômica da China, terão mais fábricas montadas pelas empresas chinesas na América Latina. O maior desafio que enfrentarão é adaptar-se ao sistema local das leis. Blackmore disse que o primeiro passo das empresas chinesas é respeitar as leis e culturas locais e integrar-se no ambiente local do comércio.

O CEO da Região Sul da América do Sul da empresa chinesa de telecomunicações Huawei, Li Ke, enfatizou a importância de adaptação às leis locais, e disse que, o Brasil tem um dos sistemas de legislação mais complexos na área de proteção para os trabalhadores e de sistema tributário. Se conseguir entender bem o sistema tributário brasileiro, será mais fácil investir em qualquer outro país do mundo.

Segundo as informações da Huawei, a empresa tem contribuído com imensas riquezas na área tributária e de postos do trabalho, treinamento de especialistas e melhoramento de tecnologias. Somente no ano 2011, essa empresa comprou produtos brasileiros num valor total de 310 milhões de dólares americanos, o que criou direta e indiretamente 17,5 mil postos de trabalho. Nos últimos três anos, a Huawei entregou 700 milhões de dólares americanos de impostos para o governo brasileiro.

O ex-diretor do Departamento de Políticas do Ministério das Relações Exteriores da Costa Rica, Solis, disse que para investir na América Latina, as empresas chinesas têm que ter paciência não só para conhecer as leis relacionadas à proteção dos trabalhadores, mas também tratar bem os trabalhos de proteção ambiental antes de iniciar a construção dos projetos.

Blackmore acha que apesar das legislações e fiscalizações vigorosas dos países receptores de capitais, as pressões por parte de sócios de investimento, acionistas, associações populares e consumidores sejam grandes obstáculos para os comportamentos de empresas chinesas no estrangeiro, se elas tratam tudo apropriadamente poderão ampliar suas influências nos países em que operam.

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