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Rússia
  2013-08-28 16:00:19  cri
Rússia,é um país localizado no norte da Eurásia. Faz fronteira com os seguintes países, de noroeste para sudeste: Noruega, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia (ambas através de Kaliningrado), Bielorrússia, Ucrânia, Geórgia, Azerbaijão, Cazaquistão, China, Mongólia e Coreia do Norte. Faz também fronteiras marítimas com o Japão, pelo Mar de Okhotsk, e com os Estados Unidos, pelo Estreito de Bering. Com 17.075.400 de quilômetros quadrados, a Rússia é o país com maior área do planeta, cobrindo mais de um nono da área terrestre. A Rússia também é o nono país mais populoso, com 142 milhões de habitantes.

A história do país inicia-se com os eslavos do leste, que surgiram como um grupo reconhecido na Europa entre os séculos III e VIII. Fundada e dirigida por uma classe nobre de guerreiros vikings e pelos seus descendentes, o primeiro Estado eslavo, a Rússia Kievana, surgiu no século IX e adotou o Cristianismo ortodoxo do Império Bizantino em 988,13 dando início à síntese das culturas bizantina e eslava que definiriam a cultura russa. A Rússia Kievana finalmente se desintegrou e suas terras foram divididas em vários pequenos Estados feudais. O Estado sucessor de Kiev foi a Moscóvia, que serviu como a principal força no processo de reunificação da Rússia e na luta de independência contra a Horda de Ouro. A Moscóvia gradualmente reunificou os principados russos e passou a dominar o legado cultural e político da Rússia Kievana. Por volta do século XVIII, o país teve grande expansão através da conquista, anexação e exploração de territórios, tornando-se o Império Russo, que foi o terceiro maior império da história, se estendendo da Polônia, na Europa, até o Alasca, na América do Norte.

Estabeleceu poder e influência em todo o mundo, desde os tempos do Império Russo, entre 1721 e 1917, até ser a maior e principal república constituinte da União Soviética, entre 1922 e 1991, o primeiro e maior Estado socialista constitucional e reconhecido como uma superpotência,14 que desempenhou um papel decisivo após a vitória aliada na Segunda Guerra Mundial, que durou de 1939 a 1945. A Federação Russa foi criada na sequência da dissolução da União Soviética, em 1991, mas é reconhecida como um Estado sucessor da URSS.

A Rússia é a oitava ou nona maior economia do mundo por PIB nominal e a sexta maior economia do mundo em paridade do poder de compra, com o quinto maior orçamento militar nominal e o terceiro maior em PPC. É um dos cinco Estados reconhecidos com armas nucleares do mundo, além de possuir o maior arsenal de armas de destruição em massa do planeta. A Rússia é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, membro do G8, G20, APEC, OCX, EurAsEC, além de ser um destacado membro da Comunidade dos Estados Independentes. O povo russo pode se orgulhar de uma longa tradição de excelência em todos os aspectos das artes e das ciências, bem como uma forte tradição em tecnologia, incluindo importantes realizações como o primeiro voo espacial humano.

Política

A Rússia é uma Democracia Federal, baseada num sistema de Estado de Direito sob a forma de República. Os três poderes do Estado, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, são independentes entre si. As decisões políticas são tomadas na Assembleia Federal da Rússia, que é constituída por dois congressos: a Duma e o Soviete da Federação, a câmara baixa e a câmara alta, respectivamente.

A Duma é a câmara baixa, com 450 deputados. Qualquer cidadão com nacionalidade russa nativa ou adquirida e com mais de 21 anos pode ser eleito deputado dessa assembleia. Todas as leis a serem aplicadas em toda a Federação têm de ter aprovação com maioria absoluta na Duma. O Soviete da Federação é a câmara alta, composta por 166 membros, indicados por cada um dos 83 distritos da Rússia.

O presidente da Rússia é o chefe de estado, protector da Constituição, dos direitos e das liberdades dos cidadãos e tem de accionar qualquer medida para proteger a integridade da soberania russa. É ele que representa a Rússia nos encontros diplomáticos. Tem também a função de escolher o primeiro-ministro, desde que com o consentimento da Duma.

O presidente é eleito através do voto livre, popular, directo, universal e secreto para um mandato de seis anos, podendo repeti-lo mais uma única vez. Qualquer cidadão russo pode ser candidato a presidente desde que tenha mais de 35 anos e 10 de permanência no território russo.

Uma vez eleito, deve proferir a seguinte frase na sua tomada de posse:

"Juro exercer os poderes que a Federação da Rússia me concede, de respeitar e proteger os direitos do Homem e do cidadão, de vigiar e defender a Constituição, de proteger a soberania e a independência, a segurança e integridade do Estado, de modo a servir fielmente ao povo."

O atual presidente da Rússia é Vladimir Putin, no cargo desde março de 2012, sucedendo a Dmitri Medvedev.

Relações internacionais

A Federação Russa é reconhecida pelo Direito internacional como o Estado sucessor da União Soviética. A Rússia continua a cumprir os compromissos internacionais da URSS e assumiu sua sede permanente no Conselho de Segurança da ONU, a participação em outras organizações internacionais, os direitos e obrigações decorrentes de tratados internacionais e os bens e dívidas. A Rússia tem uma política externa multifacetada. Em 2009, o país mantinha relações diplomáticas com 191 países e tinha 144 embaixadas. A política externa é determinada pelo presidente e implementada pelo Ministério de Assuntos Estrangeiros da Rússia.

Como o sucessor de uma antiga superpotência, a condição geopolítica da Rússia tem sido muito debatida, principalmente com relação aos pontos de vista unipolar e multipolar no sistema político global. Enquanto a Rússia é comumente aceita como uma grande potência, nos últimos anos tem sido caracterizada por uma série de líderes mundiais,estudiosos,comentaristas e políticos como uma superpotência emergente. No entanto, tal aracterização tem sido contestada por outros.

Como um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a Rússia desempenha um papel importante na manutenção da paz e da segurança internacional. O país participa do Quarteto de Madrid e do Diálogo a Seis com a Coreia do Norte. A Rússia é membro do Grupo dos Oito (G8), do Conselho da Europa, da OSCE e da APEC. O país assume, geralmente, um papel de liderança em organizações regionais como a CEI, EurAsEC, OTSC e a OCX. O presidente Vladimir Putin, defendeu uma parceria estratégica e uma estreita integração em várias dimensões, incluindo a criação de espaços comuns, com a União Europeia. Desde o colapso da União Soviética, a Rússia tem desenvolvido uma relação amistosa, apesar de volátil, com a OTAN. O Conselho OTAN-Rússia foi criado em 2002 para permitir que os 26 membros da aliança militar e a Rússia trabalhem juntos como parceiros iguais para aproveitar as oportunidades de colaboração conjunta.

Sob Putin, a Rússia procurou reforçar os laços com a República Popular da China através da assinatura do Tratado de Amizade, bem como com a construção de um oleoduto transiberiano, voltado para as crescentes necessidades de energia da China.

Economia

A Rússia tem uma economia de mercado com enormes recursos naturais, particularmente petróleo e gás natural. Tem a 9ª maior economia do mundo por PIB nominal e a 6ª maior por paridade do poder de compra (PPC). Desde a virada do século XXI, o maior consumo interno e a maior estabilidade política têm impulsionado o crescimento econômico na Rússia. O país encerrou 2008 como sendo seu nono ano consecutivo de crescimento, com média de 7% ao ano. O crescimento foi impulsionado principalmente pelos serviços não comercializáveis e de bens para o mercado interno, ao contrário dos lucros gerados pelo petróleo, extração mineral e exportação. O salário médio na Rússia foi de US$ 640 por mês no início de 2008, acima dos 80 dólares registrados em 2000. Aproximadamente 13,7% dos russos viviam abaixo da linha da pobreza nacional em 2010, número significativamente menor dos 40% de 1998, o pior número do pós-colapso soviético. A taxa de desemprego na Rússia foi de 6% em 2007, abaixo dos cerca de 12,4% em 1999. A classe média cresceu de apenas 8 milhões de pessoas em 2000 para 55 milhões em 2006.

Petróleo, gás natural, metais e madeira respondem por mais de 80% das exportações russas no estrangeiro. Desde 2003, porém, as exportações de recursos naturais começaram a diminuir em importância econômica, com o considerável fortalecimento do mercado interno. Apesar dos preços elevados, energia, petróleo e gás só contribuem com 5,7% do PIB da Rússia e o governo prevê que este número cairá para 3,7% em 2011. As receitas de exportação do petróleo permitiram à Rússia aumentar suas reservas cambiais de US$ 12 bilhões em 1999, para 597,3 bilhões dólares em 1 de agosto de 2008, a terceira maior reserva cambial do mundo. A política macroeconômica do ministro das finanças, Alexei Kudrin, foi sã e prudente, com a renda adicional que está sendo armazenada no Fundo de Estabilização da Rússia. Em 2006, a Rússia reembolsou a maioria de seus débitos, deixando-a com uma das menores dívidas externas entre as principais economias. O Fundo de Estabilização da Rússia ajudou o país a sair da crise financeira global em um estado muito melhor do que muitos especialistas esperavam.

Um código de imposto mais simplificado, aprovado em 2001, reduziu a carga tributária sobre as pessoas e as receitas do Estado aumentaram drasticamente. A Rússia tem uma taxa fixa de 13%. Isso o coloca como o país com o segundo sistema fiscal mais atrativo para gestores pessoais únicos no mundo, após os Emirados Árabes Unidos. Segundo a Bloomberg, a Rússia é considerada bem à frente da maioria dos outros países ricos em recursos para o seu desenvolvimento econômico, com uma longa tradição de educação, ciência e indústria. O país tem mais diplomados no ensino superior do que qualquer outro país da Europa.

Entretanto, o desenvolvimento econômico russo tem sido geograficamente desigual, com a região de Moscou contribuindo com uma parte muito importante do PIB do país. Outro problema é a modernização de sua infraestrutura e o envelhecimento populacional; o governo disse que serão investidos US$ 1 trilhão no desenvolvimento da infraestrutura até 2020.

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